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Confusões marcam a Volta de Paranapiacaba
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
29/06/2003 | 22:51
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Uma sucessão de erros marcou a primeira Volta Ciclística de Paranapiacaba, realizada neste domingo pela manhã. Boa parte do percurso coincidiu com o trajeto de uma prova de enduro de motocross que era realizada na região – fato desconhecido pelos organizadores (a Sub-Prefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense). Quem levou a pior foi o pintor automotivo Marcelo Rogério de Oliveira, que foi atropelado por um dos motoqueiros – que seguiu sem prestar socorro. Além disso, a largada atrasou em cerca de uma hora e, por falta de sinalização, os ciclistas se desviaram do trajeto, esticando o trecho que inicialmente seria de 28 km para cerca de 34 km.

Depois de uma largada tranqüila, os ciclistas toparam com a primeira moto na vila de Taquarussu, já em território de Mogi das Cruzes, o que causou surpresa para os organizadores da Volta Ciclística. Depois de algum impasse, optou-se pela continuidade do passeio, com os bikers mantendo sempre a direita e tomando o maior cuidado possível com os motoqueiros.

O acidente com Oliveira ocorreu por volta do km 20, área pertencente a Suzano. “Quando ouvi o barulho da moto saí para a direita, mas o piloto se descontrolou e acertou a minha bike”, disse. “Acredito que houve algum erro porque não é possível ter uma prova de moto junto com um passeio ciclístico. Nós corremos risco de vida aqui. Eu perdi o meu material e alguém vai ter de pagar por isso”, afirmou o ciclista, que sofreu escoriações na perna e teve o quadro e o pneu traseiro de sua bike danificados.

O gerente de Cultura, Esporte e Lazer de Paranapiacaba, Ricardo Di Giorgio, disse ter tomado todos os cuidados possíveis para a realização da Volta e admitiu que não sabia da realização da prova de motocross. “Tomamos todas as medidas, inclusive junto à Prefeitura de Mogi das Cruzes. A maior prova disso é que uma ambulância daquela cidade veio para nos dar apoio. O imprevisto foi a presença dos motoqueiros. Nós vamos querer saber quem era o organizador desta prova, que a princípio me parece ser pirata. Nós fomos invadidos em nosso percurso”, afirmou.

Para o gerente de Turismo de Paranapiacaba, Carlos da Costa, apesar dos problemas, o balanço foi positivo. “Conseguimos o que queríamos, que era mostrar este caminho e que se pode fazer mountain bike sem competição”, afirmou. “Sobre os incidentes ocorridos, estamos totalmente respaldados, se teve algum problema foi de uma prova clandestina que entrou no nosso percurso”.




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