O padre Luiz Antônio Araújo diz que a comemoração é “como uma festa de aniversário”. “Comemoramos mais um ano da nossa devoção.” E como em aniversário é preciso ter bolo, uma equipe vai preparar um para cada uma das missas, que serão realizadas às 7h, 9h, 12h, 15h e 19h. A missa das 15h acontecerá na praça do Carmo, em frente à catedral, e será rezada pelo bispo da Arquidiocese de Santo André, Dom Nelson Westrupp.
Francisca Ussui, de 54 anos, devota da santa, ressalta que é “um dia de celebração espiritual”. Os mais jovens concordam. O sacristão Alfredo Lúcio Mantovani, 23, já é veterano da festa. “Faz dez anos que freqüento a catedral e a cada festa vejo o pessoal se reunir para organizar tudo”, conta.
O acontecimento principal do evento será a imposição do escapulário. Foram encomendados 3 mil cordões. O ritual prevê que o padre coloque o cordão no pescoço de cada fiel, para representar o dia em que Nossa Senhora do Carmo desceu à Terra para provar o valor da Ordem dos Carmelitas. Segundo dados religiosos históricos, o superior geral da ordem, Simão Stock, vivia retirado em um mosteiro por causa da oposição de parte do clero aos carmelitas. Em 16 de julho de 1251, a santa apareceu no mosteiro e lhe entregou o escapulário, ocasião em que disse que o cordão traria proteção para todos os seus devotos.
Sete séculos depois, o cordão caiu no gosto popular e virou acessório de moda. Nos últimos anos, pode ser encontrado não apenas em lojas de artigos religiosos, mas em estabelecimentos que vendem bijuterias e jóias e as imagens são de diversos santos.
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