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FEI planeja ser universidade

Aos 75 anos recém-completados, instituição de Ensino Superior com campus em São Bernardo tem inovação como foco

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
09/03/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O Centro Universitário FEI completa 75 anos de existência de olho no futuro. A instituição de Ensino Superior, instalada em São Bernardo desde 1963 e que já formou mais de 50 mil profissionais nas áreas de Engenharia, Administração e Ciência da Computação, tem como meta se tornar universidade.

Em entrevista ao Diário, o reitor, Fábio do Prado, ressalta a busca por excelência da FEI, que nasceu com o propósito de formar mão de obra para o setor industrial. Conforme o professor, a comunidade acadêmica vem planejando essa transição há cerca de um ano e a expectativa é que até dezembro esteja pronto projeto que será apresentado ao MEC (Ministério da Educação).

“É uma tendência natural (tornar-se universidade). É uma meta clara e definida desde as nossas origens. Acredito que já somos de fato universidade pelo trabalho que executamos. Nossos indicadores atingem ou estão muito próximos de atingir os requisitos”, explica Prado. Para solicitar o título ao MEC, a instituição de ensino deve oferecer os considerados três pilares da Educação Superior: ensino, pesquisa e extensão, nota 4 no ICG (Índice Geral de Cursos), pelo menos quatro cursos de mestrado e dois de doutorado, além de um terço dos docentes em regime de dedicação exclusiva.

A FEI ostenta nota 4 no ICG e conta com um quarto dos 380 professores pesquisadores. “Temos uma produção intelectual elevada. Deixamos de ser uma instituição que apenas educa para ser geradora de conhecimento. Nossa questão não é financeira. Não temos pressa (para ser universidade). Nosso compromisso é com a excelência”, destaca o reitor. A principal vantagem em se tornar universidade é adquirir autonomia para criar cursos e sedes acadêmicas e administrativas, expedir diplomas, fixar currículos e número de vagas, firmar contratos, acordos e convênios.

Outro objetivo do reitor, que está há quatro anos no cargo, é instituir na FEI o que ele considera ‘cultura da inovação’. “O passado é uma história que te credencia e permite olhar para o futuro de forma diferenciada. A gente está sempre buscando ‘desinstalar-se’ daquelas situações cômodas e pensar em como ter um novo olhar sobre aquilo que estamos fazendo. Às vezes já fazemos bem, mas podemos fazer cada vez mais e melhor, e de forma justa.”

Neste contexto, Prado explica que não há interesse em ampliar a grade de graduações ofertadas indiscriminadamente, mas trabalhar na interdisciplinaridade. “Optamos pelos cursos dentro desta área que consideramos estratégica para o desenvolvimento do País, mas nada impede que usemos a tecnologia para melhorar a qualidade de vida das pessoas em outras vertentes”, exemplifica.

Atualmente, a FEI oferece dez cursos, sendo oito entre as engenharias (Civil, Automação e Controle, Materiais, Produção, Elétrica, Mecânica, Química e Têxtil), além de Administração e Ciência da Computação. “Temos estudos a respeito de mais um curso, que seria Sistemas da Informação, mas ainda em fase inicial”, completa o reitor.

São cerca de 9 mil alunos, divididos entre graduação e pós, nos campi de São Bernardo  e Capital.  




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