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Cano estoura e água arrasta barro para casas na Vila Suíça
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
10/09/2001 | 19:49
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  O rompimento de uma tubulação de água na madrugada de domingo, na Vila Suíça, em Santo André, provocou o desmoronamento de um barranco e a destruição parcial de quatro casas construídas em um mesmo terreno inclinado.

As casas foram invadidas por grande quantidade de lama, o que provocou a destruição de camas, armários e eletrodomésticos de três famílias. Os moradores foram orientados pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) a procurar o órgão para que sejam ressarcidos.

O acidente aconteceu por volta de 2h30, quando estourou um cano de 50 milímetros de diâmetro na altura do número 214 da rua Champolion. Com isso, a terra do barranco que existe no local foi arrastada – grande quantidade desceu para as casas, que ficam abaixo do nível da rua. Em uma das casas, o barro chegou a uma altura de um metro e meio.

O ajudante de operação de máquinas José Wilson de Oliveira, 24 anos, perdeu um sofá e um armário com o deslizamento. Além disso, a terra bloqueou a porta da sua casa. No instante do acidente, apenas o irmão de Oliveira estava no local. Ele teve de ser retirado por um buraco feito no teto pelos bombeiros.

“Ele dormia e só percebeu o deslizamento de terra quando foi chamado pelos bombeiros. Felizmente ninguém se machucou. Mas a gente sofreu essa perda material”, afirmou Oliveira.

A situação foi pior para uma família que havia alugado uma das casas há 15 dias. A terra destruiu a geladeira, o fogão, além das camas e roupas. “Eu levantei para ir ao banheiro, vi o barro entrando na área de serviço e avisei minha mãe. A gente conseguiu sair andando quando a terra ainda estava descendo, pulamos um muro e saímos para a rua pelo terreno que tem aí do lado”, disse Ana Paula Oliveira, 12 anos.

A garota, um irmão e os pais estão alojados provisoriamente na casa da auxiliar de serviços gerais Joelma Aparecida Soares, 32 anos, proprietária das casas afetadas pelo deslizamento.

“Às 3h, a gente percebeu que tinha vazamento de água e que o barranco ia desmoronar. Ligamos para o Semasa, mas não conseguimos falar com ninguém. Eles só atenderam o telefone depois”, disse Joelma. O fluxo de água começou pequeno, em uma escada usada pelos moradores para chegar às casas, e aumentou gradativamente, até que grande parte da terra do barranco fosse deslocada para baixo. Segundo Joelma, uma equipe do Semasa foi ao local por volta de 4h30 e conteve o vazamento.

Oito operários da Defesa Civil de Santo André e do Semasa utilizaram um caminhão-pipa para remover o barro das casas e do terreno no domingo e nesta segunda.




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