Cultura & Lazer Titulo
Vitalidade do samba reafirmada
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
04/10/2009 | 07:20
Compartilhar notícia


Bambas de distintas linhagens e gerações participam de Samba Social Clube 3 (Emi, R$ 30, em média). O disco abre com a boa dobradinha musical de Zeca Pagodinho e o veterano cantor Nei Lopes no clássico Só Chora Quem Ama.

A letra da canção narra, em tom que mistura malícia e lamento, as desventuras de malandro que não consegue encontrar o par perfeito, depois de procurar por "mulatas formosas" em vários terreiros e agremiações.

Na sequência, a Madrinha do Samba Beth Carvalho interpreta Cabô, Meu Pai, que reafirma a vitalidade do gênero, independentemente de modismos e outros ditames do mercado fonográfico. Detentora de extenso currículo de nobres serviços prestados à MPB, Beth é a homenageada desta edição do Samba Social Clube.

Grata revelação, o cantor Diogo Nogueira, filho de João Nogueira, brilha em Todo Menino é um Rei e demonstra que tem virtudes para demarcar definitivamente espaço no cenário musical.

Em interpretação segura e charmosa, a paulistana Mariana Aydar, representante da mais recente safra de cantoras que bebem na fonte do samba, faz bonito em A Deusa dos Orixás.

A banda carioca Casuarina, do vocalista João Cavalcanti, apresenta a nostálgica Tempo de Don Don. Regravada por Dudu Nobre para a trilha sonora da novela global Celebridade, a faixa é uma das pepitas do CD.

Outro bom momento é a participação de Lecy Brandão, artista conhecida pelo engajamento em questões sociais, que mostra Nomes de Favela, denúncia em forma de melodia da violência no Rio de Janeiro.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;