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Moradores do Jardim Ruyce protestam contra Ecovias
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
11/03/2011 | 07:20
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Cerca de 250 pessoas protestaram contra a reintegração de posse promovida pela Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, no Jardim Ruyce, em áreas situadas à margem da Rodovia dos Imigrantes. O ato foi realizado durante a sessão da Câmara de Diadema, ontem. A ação visou a pressionar os vereadores para garantir agilidade na inclusão de cerca de 1.200 familias em programas habitacionais e evitar a ação da concessionária.

De acordo com o líder do movimento de habitação no município, Ronaldo Lacerda, a Ecovias intensificou o processo de reintegração de posse da região. "Cerca de 13 familias já saíram de lá, e a empresa programopu a retirada de mais quatro para amanhã (hoje)", informou. O acordo entre a Prefeitura e o Estado garantia que as familais não seriam removidas da área, já que estão fora do espaço de segurança da rodovia.

"Não adianta a gente avançar no diálogo com habitação e o pessoal do transporte não conversar. A ocupação não atrapalha a rodovia. As unidades habitacionais não saem da noite para o dia. Quero ver onde essas pessoas vão ficar. Vão ter de procurar a Ecovias, porque é desumano o que eles estão fazendo", disse o prefeito Mário Reali (PT), que se referiu à falta de integração com a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos e Delegados do Transporte). "Estou tentando conversar. Tínhamos definido isso na gestão passada. Agora iniciei o contado com o Edson Aparecido (secretário de Gestão e Desenvolvimento Metropolitano)", disse.

O contrato entre Estado e companhia prevê que os terrenos sejam devolvidos sem nenhuma ocupação. "Muitas famílias já estavam lá antes da Ecovias assumir, eles sabiam disso, mas parece que querem se livrar do problema", afirmou Reali.

A solução do impasse na região foi selada entre Reali e o secretário de Habitação e presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Silvio Torres, com a indicação de cinco terrenos na cidade para que o governo do Estado faça a desapropriação. Na posse dos espaços, a administração buscaria recurssos do governo federal de projetos de habitação, como o Minha Casa, Minha Vida, para assentar os moradores.




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