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Empresa driblou fiscalização para funcionar em Diadema
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
28/03/2009 | 07:00
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A microempresa Di-All Química, Distribuição, Comercialização e Importação de Produtos Químicos de Limpeza, de Diadema, enganou a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e o Corpo de Bombeiros para obter licenças de funcionamento. Os produtos químicos no local foram o estopim para que o incêndio de grandes proporções atingisse na sexta-feira o galpão da empresa, a partir das 7h20, na rua Henrique de Leo, no Jardim Ruyce.

O som das explosões e a proporção das chamas - que chegavam a centenas de metros de altura - remetiam às cenas de filmes de guerra. Ao fim do dia, as informações oficiais apontavam que havia passado pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e hospitais do município 18 pessoas, entre feridos leves, intoxicados e pacientes com crise nervosa. Uma delas era um bombeiro.

Cerca de 20 casas foram atingidas pelo fogo. Algumas ficaram inteiramente destruídas. Todas as residências que estavam em um raio de pelo menos 100 metros foram evacuadas. No semblante de quem morava nas proximidades do incêndio havia desespero e preocupação.

O caos mobilizou um gigantesco contingente de profissionais da cidade e de Santo André, São Bernardo, São Caetano e São Paulo. Cerca de 120 bombeiros com 50 viaturas, 40 policiais militares, 20 profissionais do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), GCM (Guarda Civil Municipal) e Defesa Civil.

Irregularidades - O coronel Valdeir Rodrigues Vasconcelos, comandante do 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros, disse que nos últimos dois anos, o responsável pela Di-All Química, Francisco da Costa Souza, pediu alvará para dois tipos diferentes de atividades. Em 2007, o proprietário pediu autorização aos bombeiros para funcionar uma indústria e comércio de cilindros para GNV (Gás Natural Veicular) de alta pressão. No ano seguinte, o pedido foi para uma empresa que manipularia produtos de limpeza.

O documento foi emitido em 23 de setembro. Vasconcelos disse que na ocasião uma equipe vistoriou o lugar e não encontrou indícios de produtos inflamáveis. O coronel explica que para a microempresa operar com produtos químicos deveria, entre outras medidas, armazenar no máximo 20 mil litros no espaço.




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