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Universitária acusa seguranças de casa de shows de agressão
Karla Machado
Do Diário OnLine
12/03/2009 | 10:24
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A universitária Tâmara Regina Leite Marques, 26 anos, acusa a equipe de segurança que presta serviços para a casa de shows Estância Alto da Serra, no Riacho Grande, em São Bernardo, de agressão. A violência teria acontecido no último final de semana, durante show da cantora Claudia Leitte.

Tâmara conta que sofreu arranhões e hematomas nos braços após ser empurrada por quatro seguranças, que tentavam impedi-la de voltar ao estacionamento para pegar seu ingresso de entrada para o evento.

Segundo boletim de ocorrência registrado no 4º Distrito Policial de São Bernardo, a confusão teria começado por volta das 10h30, quando a estudante chegou à casa de shows. Como era cedo — o evento começou por volta das 17h30 —, ela tentou entrar na Estância para utilizar um banheiro, mas, depois de orientações desencontradas dos seguranças, foi informada que precisaria apresentar o ingresso, que estava no carro. Quando tentou retornar ao estacionamento, mesmo trajada com o abadá fornecido no ato da aquisição do ingresso, foi barrada.

"Fazia duas horas que eu tentava voltar ao meu carro e os seguranças não deixavam, sem dar nenhuma justificativa. Até que eu explodi, comecei a discutir com uma mulher da equipe e o chefe do departamento deu ordem para que eles me segurassem", relata.

Tâmara teria sido cercada por quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher, em frente à fila de entrada, e empurrada para um local mais distante. "O meu único desejo era voltar para o estacionamento. Nunca imaginei que isso realmente acontecesse, me senti como um marginal, um bandido. Só estava lá para me divertir e fui brutalmente agredida", acusa.

Policiais Militares acionados pela universitária chegaram ao local momentos após a agressão e a socorreram ao ambulatório da casa. No dia seguinte, Tâmara foi medicada na UBS (Unidade Básica de Atendimento) do Jardim Eldorado, em Diadema. Ela também foi submetida a exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).

A Estância Alto da Serra informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhece o incidente e ressaltou que no posto médico não há registro de atendimento à universitária, bem como não foi constatada a chegada de nenhuma viatura policial. "Não foi constatado qualquer procedimento anormal que pudesse ensejar dano ou constrangimento a terceiro", diz nota enviada pela casa de shows.

Já o diretor da Fonseca's Securite, empresa de segurança que prestou serviços no dia do evento, Jean Renê Brançani, confirmou a presença da PM no local e o atendimento prestado à universitária na enfermaria. Ele, porém, classificou a versão sustentada pela jovem como "totalmente descabida". Segundo Brançani, para passar pela triagem que dá acesso à casa, a apresentação do ingresso é imprescindível, ainda que a pessoa esteja com o abadá. Ele também afirmou que a universitária "jamais seria proibida" caso precisasse retornar ao carro.

O diretor disse ainda que em micaretas é comum que jovens nem cheguem a entrar na casa de shows, permanecendo apenas no estacionamento para o chamado 'esquenta' — consumo de bebidas alcoólicas antes do evento.




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