Dez homens armados de revólver invadiram na manhã deste domingo a empresa Mahle Metal Leve, no bairro Taboão, em São Bernardo, e roubaram cerca de 300 mil itens – a maioria peças automotivas do tipo bronzinas. O assalto, que aconteceu quando pelo menos 50 pessoas trabalhavam no local, foi marcado pela ousadia do começo ao fim: os ladrões entraram munidos de crachás falsificados, driblaram o segurança da portaria, e depois transportaram todo o material roubado em dois caminhões-baú. Apesar do tom de ameaça dos assaltantes, ninguém ficou ferido.

Segundo relataram representantes da Mahle no 2º Distrito Policial de São Bernardo, onde a ocorrência foi registrada, a ação começou por volta das 7h50, quando um grupo de funcionários da área técnica chegava para trabalhar. Em posse de crachás falsificados, os dez ladrões entraram na empresa como se também fossem empregados, e só anunciaram o assalto quando já estavam dentro.

Durante uma hora e meia, o grupo se dispersou nas dependências da empresa em busca de materiais automotivos fabricados pela Mahle. Segundo um vigilante que foi obrigado a acompanhar a ação dos ladrões, o grupo demonstrou conhecer bem os locais que servem de estoque, bem como o sistema de segurança e monitoramento instalado na empresa.

Além de 278.748 bronzinas, os ladrões levaram uma maleta com manuais dos aparelhos PABX da empresa, uma etiquetadora para impressão, uma câmera e a fita de vídeo do circuito interno, dois computadores notebooks, 450 caixas diversas (plásticas e de ferro engradadas), seis tampões de madeira e plástico e três carrinhos hidráulicos. Dos funcionários presentes na hora do assalto foram roubados 30 telefones celulares, e a quantia de R$ 200 (em espécie).

De acordo com policiais militares da 2ªCompanhia do 6º Batalhão da PM de São Bernardo, os motoristas dos caminhões-baú chegaram por último à sede da Mahle. Por “falta de espaço” nos dois veículos em função da carga roubada, os assaltantes ocuparam um Gol Special branco 2003, usado pela empresa responsável pela segurança, e foram embora. Antes, porém, mostraram aos funcionários um rádio de comunicação interna da empresa, ameaçando-os de morte caso chamassem a polícia imediatamente.