Depois de quase um ano com as portas fechadas, a Cidade da Criança, em São Bernardo, será reaberta ao público no dia 17. A data foi confirmada ontem pelo prefeito em exercício, Frank Aguiar (PTB), durante vistoria nas obras do complexo, considerado referência histórica de entretenimento infantil e um dos parques mais conhecidos do Grande ABC.
O local reinicia suas atividades com 15 dos 17 brinquedos funcionando. As exceções são o Submarino e o Teleférico, previstos para iniciar as atividades daqui a seis meses.
Entre as principais atrações que estarão à disposição da garotada estão a Estação de Trem Redenção, Memorial Cidade da Criança, Teatro Amazonas, Carrossel, Gira-Gira e Espaço de Arborismo.
O prefeito em exercício explicou que a entrada na Cidade da Criança será gratuita, e que o custo para andar em cada brinquedo será de cerca de R$ 2. "Estamos estudando o valor certo, mas deve ser em torno disso. Depois de uma série de ajustes para garantir a segurança aos visitantes, o espaço está pronto para ser reaberto", disse. O parque funcionará de terça-feira a domingo, das 8h às 17h.
O administrador da Cidade da Criança, Felipe Domingues, salientou que foram contratados 24 monitores, que estão sendo treinados e que no dia 17 estarão aptos para iniciar os trabalhos.
O secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Turismo, Jefferson José da Conceição, adiantou que a administração pretende abrir processo licitatório para empresas privadas que tenham interesse em trabalhar na Cidade com prestações de serviços nas áreas de alimentação e manutenção, por exemplo. A obra da Cidade da Criança foi orçada em R$ 21 milhões.
A secretária de Educação, Cleuza Rodrigues Repulho, explicou que envolveram serviços de acessibilidade e reparos, entre outros foi investido cerca de R$ 1,2 milhão.
A Prefeitura estima que o custo de manutenção da Cidade da Criança vai girar em torno de R$ 9 milhões por ano.
Arquitetura do parque foi inspirada em novela
Inaugurada na década de 1960 e com pouco mais de 40 anos de existência, a Cidade da Criança foi inspirada na cidade cenográfica da novela Redenção, da extinta TV Excelsior, e chegou a ser considerada o primeiro parque temático do País, em meados de 1978. Nessa época, a atração atingiu seu auge de público, chegando a reunir cerca de 20 mil pessoas em um domingo.
Hoje, depois de cinco anos sem estar funcionando, a Prefeitura de São Bernardo não sabe estimar quantos visitantes o parque deve receber na reabertura.
Por volta de 1980, os problemas começaram a surgir e o centro de lazer, que por tantos anos reuniu pessoas do município e de outras cidades, perdeu público. Um dos motivos para tal enfraquecimento foi o pouco incentivo dos governos e a falta de pessoas realmente capacitadas para administrar o complexo e manter seu apelo turístico.
Além da falta de um administrador competente, a manutenção precária das estruturas, edificações, áreas verdes e dos brinquedos, culminou em 2005 no fechamento da Cidade da Criança para o planejamento e execução de reformas. Na gestão do ex-prefeito William Dib (PSDB), o empreendimento chegou a ser batizado inicialmente de Parque Educativo Cidade da Criança, que propunha atividades educativas e culturais, como uma extensão da escola, mas não voltou a funcionar.
Submarino e Teleférico prontos em seis meses
Programados para funcionar somente daqui a seis meses, o Teleférico e o Submarino da Cidade da Criança ainda demandam ajustes na manutenção.
O prefeito em exercício, Frank Aguiar, ressaltou que no caso do Submarino terão que ser feitos reparos nos tanques que estavam sem condições de uso, pois foram detectados vazamentos que obrigaram a retirada total da água para novo processo de impermeabilização.
Sobre o Teleférico, as justificativas ficam por conta de que existia um aparelho - comprado pela gestão anterior - que já estava há algum tempo fora de uso, o que fez com que a atual administração optasse por averiguar as condições e as medidas de segurança.
A reabertura da Cidade da Criança, por enquanto, não contará também com o funcionamento do Planetário, devido problemas na cúpula da estrutura. "Precisamos da análise de um especialista sobre o espaço, e avaliar se terá equipamentos digitais ou não. Por isso, não dá para precisar os custos", disse a secretária de Educação, Cleuza Repulho.
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