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Cemitério de Diadema segue sem segurança

Um ano após denúncia do Diário, equipamento público continua em condições precárias

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
28/10/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Um ano após o Diário denunciar situação precária no Cemitério Municipal de Diadema, localizado na Alameda da Saudade, na Vila Conceição, o equipamento público segue com os mesmos problemas. A principal dificuldade diz respeito à segurança do espaço, tendo em vista os constantes furtos e violações de túmulos no local. Uma das promessas feitas pela administração do prefeito Lauro Michels (PV), a instalação de câmeras de monitoramento, ainda não saiu do papel.

Em visita ao cemitério na tarde de ontem, a equipe do Diário apurou que a frequência de crimes continua a mesma do ano passado. Segundo um funcionário, que preferiu não se identificar, pelo menos 18 grades que fazem a proteção de túmulos foram furtadas numa única noite há cerca de dois meses. “Tudo foi feito durante a madrugada. A administração está tentando recolocar todas até o Dia de Finados.”

Enquanto a manutenção não ocorre, é possível presenciar série de túmulos violados. Alguns contam com concretos improvisados como forma de preservar os caixões que estão em seu interior. Já outros, sem proteção alguma, dão margem para novos crimes serem cometidos no local.

Outro funcionário que trabalha no cemitério há 24 anos chegou a reagir de forma irônica ao ser questionado sobre o sistema de monitoramento. “Que câmera? Nada daqui muda. Toda semana eles invadem e roubam o que podem. Quando não são as grades, eles levam as placas de bronze”, relatou o colaborador.

No local, a única mudança notada é a elevação que vem sendo feita no muro do cemitério, promessa também feita no ano passado, além de pintura da parte externa do terreno. Segundo funcionários, as melhorias devem ser concluídas até o Dia de Finados.

O cemitério ainda sofre com outros falhas estruturais. Falta de iluminação, banheiros danificados, pichações, infiltrações em corredores destinados a jazigos e garrafas espalhadas ao lado de túmulos foram problemas constatados pela reportagem.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Diadema não se posicionou sobre o tema. 




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