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Público de show cancelado fica sem receber dinheiro do ingresso
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
23/03/2005 | 15:25
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O que deveria ser um espetáculo musical virou confusão. O show da cantora mineira Ana Carolina, marcado para quinta-feira passada (dia 17) no Clube Atlético Aramaçan, em Santo André, foi cancelado um dia antes. No site do Aramaçan (www.aramacan.com.br) foi divulgado que a devolução do valor dos ingressos seria feita terça-feira, mas quem compareceu ao local não viu a cor do dinheiro.

O funcionário público Marcelo Elias de Almeida, de Santo André, que comprou o bilhete no Aramaçan, esteve no terça-feira no clube em busca do dinheiro que pagou para ver o show. “Primeiro tive dificuldade para obter informação a respeito da devolução. Depois, me atenderam com má vontade e me mandaram fazer um boletim de ocorrência na delegacia. Isso é falta de respeito. Comprei o ingresso porque até então confiava no nome Aramaçan”, conta.

“O Aramacan só alugou o salão. A divulgação do espetáculo, a segurança no local e a venda de ingressos é responsabilidade da empresa Orion Produções. O produtor Leonardo Silveira se comprometeu a estar no clube a partir das 14h (de terça-feira) para fazer a devolução do valor dos ingressos, mas não apareceu”, disse Paulo Roberto Volpim, secretário do Departamento Social do clube, às 16h45.

No site do Aramaçan, foram divulgados dois números de telefone do produtor Silveira, ambos de Jaboticabal (SP). A reportagem tentou falar com ele na tarde de terça-feira no aparelho fixo, que estava “temporariamente fora de serviço”, e também no celular, sempre na caixa-postal.

“Estou tentando falar com ele também, desde a manhã, sem sucesso”, afirmou Volpim, do Aramaçan. “O Leonardo avisou do cancelamento do show por e-mail enviado um dia antes da apresentação. No contrato assinado, consta que o Aramaçan só seria o local do show. Não podemos pagar o dinheiro dos ingressos com verba do clube. O produtor ainda nos deve parte do aluguel”, completou.

 Ainda segundo Volpim, o clube tentará preservar o direito de quem comprou o ingresso. “Nós também estamos tomando ‘chapéu‘. Agora resta esperar o produtor”, disse.



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