Desde a abertura do inquérito policial que busca identificar se funcionários ou ex-funcionários da Canbras estão ou não envolvidos no oferecimento da troca do tubo eletrônico do circuito de canais ou nos gatos (ligações feitas por meio de roubo de sinal), 16 pessoas foram ouvidas pela polícia. Todas foram indiciadas e aguardam a decisão judicial.
O combate à pirataria de sinal estende-se ainda à ampliação do trabalho de varredura nas áreas atendidas pela empresa na busca de flagrantes. Para tornar mais rápida a fiscalização, há uma equipe de técnicos responsáveis pela vistoria. Em média, por mês, 100 mil casas são visitadas. “Isso nos garante encontrar cerca de 200 irregularidades por mês”, disse Inglez.
Os assinantes clandestinos têm suas ligações desligadas e são informados que em caso de reincidência será aberto um BO. Como resultado da fiscalização, em alguns bairros de São Caetano, o primeiro foco dos gatos da TV a cabo, o índice de furto de sinal caiu de 1,95% para 1,24%, nos últimos três meses. Em outubro, a empresa estimou que do total de 190 mil assinantes, pelo menos 1,7% deveriam estar em situação irregular (cerca de 3,5 mil).
Outro dado importante verificado pelos auditores reflete o índice de conversão de assinantes piratas para pagantes. Nos últimos três meses, pelo menos 10% dos clandestinos optaram por regularizar o contrato com a Canbras. O número é resultado do projeto Alerta Telefônico posto em prática ainda em outubro de 2002. Por meio de ligações – 412 por mês – a empresa informa às pessoas que estão recebendo o sinal da Canbras ilegalmente. “Funciona como mais uma ferramenta para coibir a proliferação da pirataria.”
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