Como a participação é obrigatória para obter o diploma, o boicote consistiu na entrega da prova em branco. Os estudantes ficaram 90 minutos em sala de aula, mínimo estipulado pela coordenação do exame para fazer a prova.
Para passar o tempo, os alunos que estavam na EE Maria Iracema Munhoz, no Centro de São Bernardo, ficaram jogando stop (brincadeira que consiste em lembrar nomes de assuntos com uma letra determinada no início da rodada).
A estudante de Jornalismo Illena Negrin, da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), em São Bernardo, integrante do Centro Acadêmico, afirmou que a maioria dos estudante da instituição optou pelo boicote. “Essa não é a melhor forma de avaliar um curso”, justificou. Essa também é a opinião do estudante Denis Mauro Sponton, aluno de Jornalismo da Uniban (Universidade Bandeirante), na mesma cidade.
No ano passado, o curso de Jornalismo da Umesp tirou nota E no Provão, e o da Uniban, D. Nas duas instituições, houve boicote. O estudante Grabriel Maimoni, da Umesp, disse que fez o exame porque não houve um consenso dos alunos do seu curso pelo boicote. “Na minha opinião, os formandos deveriam boicotar em protesto ao curso, que não é bom, e não por causa da forma de avaliação.”
O resultado do Provão será enviado para a casa dos estudantes pelo correio. O boletim trará o desempenho individual, caso o formando tenha manifestado interesse em recebê-lo, comparado com a média nacional, estadual, regional e da instituição.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), que coordena o exame, divulgou no fim da tarde de ontem na Internet o gabarito das provas de múltipla escolha. O resultado pode ser conferido no endereço www.inep.gov.br. As grades de respostas que servirão de referência para a correção das questões dissertativas estarão disponíveis a partir de 10 de julho.
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