A Justiça autorizou, na última sexta-feira, a destruição das cerca de duas toneladas de fogos de artifício apreendidas anteontem em funilaria da Vila Pires, em Santo André. O comerciante Sandro Luiz Castellani, 41 anos, assumiu a propriedade dos explosivos, que estavam sendo guardados na oficina mecânica de seu cunhado, Sebastião Fernandes, 47.

A determinação foi assinada pelo juiz Luiz Francisco Del Giudice, da 3ª Vara Criminal de Santo André. As 310 caixas de rojões e bombas foram levadas para um paiol do Exército em Ibiúna (no Interior), onde o material será destruído. Em depoimento à polícia, Sandro, dono da loja de fogos de artifício que explodiu semana passada, declarou que deixou os explosivos na oficina enquanto aguardava o fabricante do material, cuja sede é em Santo Antônio do Monte, Minas Gerais, mandar um caminhão para retirar as caixas.

O termo circunstanciado de posse de material explosivo assinado por Sandro e Sebastião após a apreensão de fogos na funilaria chegou ontem ao Fórum de Santo André. Nos próximos três meses, deve ser marcada audiência sobre o caso. Sebastião continua com a oficina fechada, pois estava sem licença da Prefeitura para funcionar havia dois anos e mantinha ligação irregular de eletricidade.

Reforma nas casas - Moradores da Rua Américo Guazelli, onde a tragédia aconteceu, cobram agilidade na aprovação do projeto de lei que proporcionará a verba que será usada na reforma das casas atingidas. "Acho que eles deveriam fazer uma nova reunião com os moradores", opina Devoncir Plazezeuski.

Mabel Carvalho, 36, conta que teve dificuldades para entrar na sua casa, que está interditada. "Os guardas-civis alegaram que seria inseguro, mas é minha casa." A presença dos guardas na rua não impediu a ação de pichadores, que pintaram os muros que sobraram das casas demolidas anteontem de madrugada.

Capital - A Prefeitura de São Paulo interditou ontem três lojas de fogos de artifício na Casa Verde.

Até agora, na Capital, foram vistoriadas 44 lojas, sendo que sete foram interditadas.