Bocato atualmente reside em Berlim (Alemanha) e vive um momento de reconhecimento internacional, já que se apresentou no Festival de Montreux (Suíça), fez shows em outros países no continente, e embarca em janeiro do ano que vem para excursionar durante dois meses na Austrália e India, como integrante da banda Space of Colors, de estilo free jazz. "Como também haverá uma missa ecumênica no evento, espero receber uma bênçao ao samba-jazz que pratico", diz ele, que aproveitou sua vinda ao Brasil para participar da gravaçao do mais recente trabalho do Art Popular, no Rio de Janeiro. "Trabalho com grupos que ainda tocam samba, algo brasileiro, mas abomino essa onda de conjuntos com letras e performances pornográficas. Também odeio esses neo-sertanejos que agora estao atrás de concessoes de rádios", afirmou.

Segundo o trombonista, a cena musical brasileira no exterior acaba sendo prejudicada por esses conjuntos. "Os europeus acham que aqui se produz apenas grupos com apelo sexual, prejudicando os músicos com trabalhos sérios lá fora." Apesar da revolta, Bocato está feliz com o retorno. "Espero reencontrar meus amigos da regiao no show", disse.