O plano da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) de desativar a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da Vila Mortari, em Ribeirão Pires, representará um alívio para os moradores do bairro. Cansados do mau cheiro constante, eles reclamam que a proximidade com as instalações causa incômodo frequente, principalmente nos dias quentes.
Moradora do bairro há 22 anos, a professora Valquiria Almeida, 48 anos, sente náuseas devido ao mau cheiro. "Perdi a conta de quantas vezes passei mal. Tenho que deixar a casa toda fechada, e mesmo assim não tem jeito, porque o cheiro de esgoto sobe pelos ralos", explicou Valquiria.
A locutora Neide Lucio, 47, disse ter feito diversas reclamações à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Para ela, o fechamento da estação de esgoto representará alívio.
"Todos os dias a gente sente o mau cheiro, mas quando esquenta, piora. As pessoas sempre reclamam disso. É insuportável. Acredito que não poderia ser desta maneira numa estância turística", reclamou.
CUSTO - No dia 12, diretores da Sabesp estiveram com representantes da administração da cidade para discutir a assinatura de um protocolo de intenções para renovar o contrato de prestação de serviços de saneamento entre empresa e Prefeitura.
Na ocasião, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, destacou que o fechamento da ETE é justificado pelo alto custo de adequação das instalações locais à filtragem de nível terciário, como acontece na ETE ABC, em São Caetano. A previsão é que até 2012, todo o esgoto de Ribeirão Pires seja direcionado para lá.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.