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Patrimônio regional precisa de atenção
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
02/11/2008 | 07:22
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Fernando Dantas/DGABC


A demolição da igreja mais antiga de Mauá, na última semana, fez acender o alerta vermelho a respeito da preservação dos patrimônios históricos da região. A história do Grande ABC se resume a apenas 41 bens tombados. Esta é a quantidade de construções e manifestações culturais atualmente protegidos pelos governos estadual e das sete cidades.

Contudo, a biografia regional, pela ótica de seus bens históricos, de acanhada não tem nada. Um inventário feito por pesquisadores e professores da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) identificou 1.500 pontos em toda a região que são referências à população e que, portanto, devem ser melhor observados e sua preservação, discutida.

O estudo é sui generis e aponta não somente prédios e casarões antigos como também todos os pontos de referência nas cidades. Os pesquisadores levaram sete anos para consolidar o catálogo.

São viadutos, parques, praças, murais grafitados, monumentos, passarelas, galerias, áreas verdes e até mesmo pequenas ruas simbólicas para as cidades.

A pesquisa foi feita em parceria com o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. De posse desse levantamento, as prefeituras têm subsídios para evitar que os bens históricos acabem se perdendo.

Porém este não é o primeiro documento deste tipo de que a região dispõe. No final da década de 1980, o memorialista e colunista do Diário Ademir Medici produziu um inventário histórico que mapeou importantes pontos da região.

Sem o tombamento dos bens, o patrimônio fica totalmente desprotegido, salvo bons e raros exemplos de propriedades não tombadas e que continuam conservadas simplesmente pela consideração dos novos donos desses locais, como a capela da Santa Casa de Mauá e seu afresco produzido pelo artista Emeric Marcier, ou a Mansão Tognato, na Avenida Dom Pedro II, em Santo André.

A arquiteta, urbanista e coordenadora do estudo da USCS, Silvia Passarelli, fala da importância em resguardar um bem. "Gostamos de preservar as coisas que são nossas. A gente preserva aquilo com que a coletividade se identifica", defende.




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