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Núcleo Social atende 252 crianças
Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
25/10/2011 | 07:30
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O Núcleo Social Diadema da Sociedade Batista de Beneficência Tabea atende 252 crianças e adolescentes em situação de risco do município. O trabalho une atividades culturais, ensino profissionalizante e noções de cidadania.

A entidade, que possui outros seis núcleos no País, iniciou as atividades há nove anos. "Antes o pessoal da igreja já fazia trabalhos sociais com a comunidade e notamos que muitas crianças precisavam de atividades no período em que não estavam na escola", diz o gestor do núcleo, Gilson Hilário da Silva.

A estrutura, com três andares, foi construída com recursos da Igreja Batista e doações de empresas e instituições que apoiam o projeto. No local, são atendidos jovens entre 6 e 16 anos. "São crianças que são expostas à violência, falta de alimentos e estrutura", explica Simone Heimann Almeida, também gestora da Tabea.

Os jovens ficam no local todos os dias, no período em que não estão na escola. A instituição funciona das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Pela manhã, as crianças recebem café da manhã e almoço, além de participar das oficinas. À tarde, é oferecido almoço, atividades e lanche.

Entre as atividades estão autocuidado e higiene, cultura, apoio escolar, música, dança, esportes, recreação, ética e cidadania, inclusão digital, contação de histórias e educação emocional. "Muitos dos jovens são vítimas de maus-tratos, perderam entes queridos, e essa oficina os ajuda a lidar com seus sentimentos. Uma das atividades é uma roda de conversa, onde interagem com seus colegas", diz Simone.

A instituição atende moradores dos núcleos Júpiter, Pombal, Rua do Mar, Ferraz Alvim, morro do Samba, Jardim Ruyce e Serraria. Apesar do público-alvo ser crianças e adolescentes, a Tabea recebe famílias para reuniões socioeducativas, palestras e oficinas de geração de renda.

Em torno de 30 mães de alunos recebem aulas de culinária, decupagem, tricô e crochê todos os anos, ajudando na renda familiar com o resultado do trabalho. Também é oferecido, desde o ano passado, o curso de auxiliar de marceneiro para jovens e adultos das comunidades do entorno.

"Neste ano, uma parceria com o Senai permitiu a abertura de um curso de informática em julho. Até dezembro serão 32 formados. De acordo com Simone, os recursos para manter a entidade vêm do apoio de duas instituições internacionais, localizadas na Alemanha e Estados Unidos, além de parcerias com a Prefeitura de Diadema, governo do Estado, empresas locais, incentivos fiscais e doações de pessoas físicas.

São aceitas doações de brinquedos, roupas, alimentos, material pedagógico, alimentos, produtos de higiene e dinheiro. Para ajudar, entre em contato pelos telefones 4056-7775 e 4044-5920 ou pelo e-mail nsdiadema@pioneira.org.br.

 

Entidade tem 350 jovens na fila de espera 

A entidade possui atualmente uma fila de espera de 350 crianças e adolescentes. No entanto, para atender toda a demanda, a Tabea precisa de mais parceiros. Ao todo, são 22 funcionários e 11 voluntários trabalhando no local.

A maior parte dos jovens é matriculada pelos pais, como forma de tirarem os filhos das ruas. Crianças encaminhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social e Juizado de Menores também são aceitas na instituição. "Já vimos casos em que a própria criança veio até nós para pedir por uma vaga", revela Gilson Hilário da Silva. 

BRINCAR E APRENDER
Para as amigas e vizinhas Luana Gomes dos Santos e Cinbel Cornélio Novaes, ambas com 9 anos e moradoras do núcleo habitacional Júpiter, a atividade preferida é brincar no parquinho. "Não tinha muito o que fazer durante a tarde em casa, então minha mãe resolveu me matricular aqui. Agora faço uma porção de atividades, como dança e artesanato", explica Luana.

Alaíson Santos de Freitas, 13 anos, morador do Jardim Maria Helena, frequenta a Tabea há quatro anos. Após perder os pais, ele e os quatro irmãos foram adotados por uma tia, que matriculou-os na entidade em seguida. "Estou aprendendo a tocar bateria e agora formamos uma banda, a NSD", revela. Para o jovem, as aulas vão além de recreação e música. "Aqui ensinam a não andar pelos caminhos errados e evitar as drogas", completa o menino.




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