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Ressaca de Réveillon pede comida leve e analgésico
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
31/12/2003 | 17:19
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Muita água e suco natural, alimentação leve e frutas que não sejam ácidas e, se necessário, analgésico. É a receita para enfrentar a ressaca pós-Réveillon. Na hora da festa ninguém se lembra do dia seguinte. A champanhe se mistura às batidas, cervejas e outras bebidas alcoólicas, acompanhadas de alimentos ricos em gordura ingeridos na ceia.

Mas uma coisa é certa: a ressaca, reação imediata do corpo aos excessos e abusos, não perdoa. Ela vem, na maioria das vezes, de forma insuportável. Dor de cabeça, enjôo, tontura, vômito, queimação no estômago, falta de concentração, mal-estar e até taquicardia são alguns dos efeitos da síndrome do pós-embriaguez.

A melhor forma de se evitar a ressaca é não beber em excesso, recomendam os médicos. No entanto, como esse conselho não costuma ser seguido, Maria da Conceição Ribeiro de Matos, médica plantonista no Pronto-Socorro Central de São Bernardo, sugere o consumo de água para hidratar o corpo.

Depois, é preciso um analgésico que não irrite a mucosa gástrica – tipo paracetamol ou dipirona. A alimentação também deve ser leve – de preferência, saladas e frutas não ácidas.

“O mal-estar advém do exagero, ou seja, da grande quantidade de bebida ingerida – e não da mistura de bebidas. O ideal é beber com moderação para não sofrer as conseqüências que habitualmente afetam o lado gástrico da pessoa”, recomendou o cardiologista Sérvio Negrini, do Centro Hospitalar Municipal de Santo André.

A ingestão excessiva de álcool, mais especificamente do metanol, presente nas bebidas alcoólicas, explicam os médicos, agride a mucosa gástrica – revestimento interno do estômago –, causando uma inflamação local. Como conseqüência, o órgão libera toxinas, que se espalham pela corrente sangüínea e chegam ao cérebro. É lá que o metanol tem sua ação mais intensa. Depois é a vez da coordenação motora ser atingida, o que muitas vezes provoca tombos na pessoa pela falta de equilíbrio.

Por último, o metanol chega ao sistema límbico, no qual são controladas as emoções, a memória e a sexualidade – excesso de álcool reduz a capacidade sexual.

Álcool é ainda o maior agente causador de mortes por alto impacto e lesões graves – traumas, principalmente de jovens. A ortopedista e traumatologista Maria da Conceição recomenda que a pessoa não ingira álcool quando for dirigir. “Se o fizer, que consuma uma quantidade pequena para não alterar os reflexos motores e para evitar acidentes automobilísticos”, afirma. No máximo, três copos de cerveja – o que também pode evitar a primeira multa do novo ano para o motorista. As sugestões, claro, valem para o Carnaval.




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