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S.Bernardo dispensa vigilantes de Emebs

Segundo sindicato, 34 trabalhadores de 17 escolas tiveram último dia de trabalho ontem

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
11/06/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Prefeitura de São Bernardo dispensou 34 vigilantes que prestam serviços a 17 Emebs (Escolas Municipais de Educação Básica). De acordo com o Sindvig (Sindicato dos Vigilantes de São Bernardo), todas as unidades estão em bairros com altos índices de criminalidade.

Conforme explicou o presidente da entidade que representa os trabalhadores, Jorge Francisco da Silva, o contrato com empresa terceirizada previa redução ou aumento de 25% do total do efetivo. “Existe essa flexibilidade no contrato. No início iam ser 29 escolas afetadas, o que ia tirar o posto de 58 trabalhadores. A gente questionou, as diretoras se mobilizaram e eles voltaram atrás, afetando essas 17 instituições”, explicou.

Segundo ele, ontem seria o último plantão dos trabalhadores, que serão dispensados a partir de hoje. “Fomos pegos totalmente de surpresa. Nos disseram apenas nesta semana. Já estamos protocolando na Secretaria de Segurança documento pedindo que a situação seja revista. Se não for, vai ser muito complicado em relação à segurança dos espaços públicos”, disse.

Entre as 17 Emebs que vão ficar sem vigilância durante o plantão noturnos estão Agostinho dos Santos, no bairro Independência, Alfredo Scarpelli, no Jardim Leblon, Ana Maria Poppovic, no bairro dos Casa, Tarsila do Amaral, no Alves Dias, Zoraida Aparecida Ramos, na Vila Vitória, Odette Edith Périgo de Lima e Santos Dumont, ambas no Baeta Neves, entre outras.

Na Emeb Afonso Monteiro da Cruz, no bairro Demarchi, os pais se preocupam com futuras depredações. “O bairro é muito perigoso e sem alguém para olhar a escola ninguém sabe o que pode acontecer. É preocupante”, disse a dona de casa Evellyn Borges, 18 anos, mãe de dois alunos, sendo um de 2 anos e outro de 3.

De acordo com o Silva, a unidade é uma das que mais preocupam por causa de casos de vandalismo já registrados ali. “Em frente tem um terreno baldio e, ao lado, uma quadra onde sempre há embalagens de drogas. Ninguém sabe o que pode acontecer sem vigilância.”

A auxiliar de limpeza Cidnéia Isabel de Souza, 25, relatou que toda semana o muro da escola é pichado. “Eu não quero nem pensar como vai ser sem ninguém aqui à noite. É um absurdo que isso aconteça.”

De acordo com o presidente da entidade, os profissionais já estão cientes de que não vão mais desempenhar as funções nas unidades. Ele afirmou que a maioria deve entrar em aviso prévio nos próximos dias, já que a empresa não tem a intenção de mantê-los.

O Diário questionou a Prefeitura sobre o contrato de prestações de serviço dos vigilantes e a situação das 17 escolas, mas até o fechamento dessa edição não houve nenhuma resposta da administração.  




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