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Em Sto.André, PA Bangu apresenta falhas estruturais

Secretário de Saúde de Santo André visita
unidade com vereadores e reconhece precariedade

Daniel Macário
Especial para o Diário
11/06/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


“A gente vem aqui com uma doença, mas é capaz de sair com outra com tantos problemas no prédio.” O relato da auxiliar administrativa Juliana Piezentini, 27 anos, retrata a sensação de abandono que usuários dos serviços do PA (Pronto Atendimento) Bangu, em Santo André, sofrem nos últimos anos.

O local, que é a principal unidade de Saúde para moradores do 2º Subdistrito do município, acumula série de problemas estruturais. O posto passa atualmente por reforma e ampliação para se tornar UPA (Unidade de Pronto Atendimento) – (leia mais ao lado).

Após manifesto de moradora da cidade que utiliza o serviço ganhar repercussão no Facebook, o secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, acompanhado de cinco vereadores do município, fez visita surpresa ao local ontem pela manhã e confirmou a precariedade. “Por conta das fotos postadas na rede social, os vereadores me convidaram para vir ao PA e confirmamos alguns problemas no prédio.”

De acordo com o secretário, muitos ocorrem por conta da falta de manutenção. “A última reforma aqui foi realizada em 2008. Depois disso nada mais foi feito.”

Entretanto, Homero ressalta que as reclamações podem ser vistas por um lado positivo. “Ambiente e estrutura física são importantes, pois melhoram muito o atendimento. Porém, nossos pacientes não reclamam da falta de médicos. Isso mostra que eles só querem melhor estrutura, com beleza.”

Apesar das ressalvas do secretário, em visita feita pela equipe do Diário na terça-feira o que se notou foi revolta dos usuários. Logo na entrada do equipamento é possível notar diversas cadeiras com buracos nos assentos, situação que piora na recepção da pediatria, local onde o Diário constatou, inclusive, partes metálicas expostas perto de crianças.

O prédio do pronto atendimento ainda traz outros problemas visíveis. Infiltrações espalhadas pelas paredes e teto, porta de consultórios com buracos e tubulações enferrujadas expostas em corredores completam o cenário de descaso.

“Meu pai tem 94 anos e não tem condições de ficar numa cadeira quebrada como as que têm aqui”, reclama a dona de casa Maria Aparecida Gomes, 55.

De acordo com Homero, as obras que estão sendo realizadas no prédio irão suprir todos os problemas. No entanto, para atender uma das necessidades imediatas, o chefe da Pasta diz que irá verificar a possibilidade de trocar as cadeiras com defeito. “Já pedi para trazer os itens que sobram em outras unidades do município.”

Ampliação do prédio será entregue até o fim deste ano

De acordo com o secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, a reforma e a ampliação do PA Bangu devem ser finalizadas até dezembro. A obra tinha previsão inicial de conclusão em fevereiro.

Conforme a Prefeitura, são duas fases de execução – ampliação e reforma. Neste momento, ocorre somente o aumento da estrutura, que está sendo executado na área externa, nos fundos, e está em fase de acabamento. A intervenção consiste na construção de área administrativa, que inclui espaços para descanso, arquivo e refeitório.

A segunda etapa é a reforma interna do PA, que somente começará após finalizada a ampliação, a fim de não interferir no fluxo de atendimento da unidade, que permanecerá aberta. O custo previsto para reforma e ampliação do PA Bangu e sua transformação em UPA (Unidade de Pronto Atendimento) é de cerca de R$ 2 milhões (Tesouro municipal e Ministério da Saúde).

Em média, são realizados cerca de 16 mil atendimentos, entre clínicos e pediátricos, na unidade. 




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