A reconstituição da morte de Eloá Cristina da Silva, que ficou refém no maior caso de cárcere privado no Estado, será realizada amanhã no Jardim Santo André, em Santo André, com um grande aparato de segurança.

Serão mais de 50 homens entre polícias Civil e Militar, integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal), peritos do IC (Instituto de Criminalística) e agentes de trânsito.

As ruas do entorno do apartamento, que fica em uma travessa da Rua dos Dominicanos, serão interditadas. A encenação está prevista para começar às 10h e deve demorar o dia todo.

Considerada testemunha-chave do caso, a estudante Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, participará da reconstituição, mas de maneira especial. Ela entrará no apartamento e passará todas as informações aos policiais, mas não vai atuar em todas as simulações.

"Foi um acordo que fizemos com a polícia para não traumatizá-la ainda mais. Uma psicóloga estará do lado de Nayara em todos os momentos", afirmou um dos advogados da estudante, José Nildo Alves Cardoso.
No dia 4 de novembro, o advogado havia afirmado que Nayara não tinha condições de voltar ao apartamento, pois ainda estava muito abalada psicologicamente.

O autor do crime, Lindemberg Fernandes Alves, 22, preso em Tremembé, no Interior, não vai participar da encenação, segundo sua advogada, Ana Lúcia Assad.

De acordo com o código de processo penal, o réu não é obrigado a comparecer, pois pode obedecer a premissa constitucional de não produzir provas contra si mesmo.

Deverão estar presentes na reconstituição os cinco policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) que participaram da invasão ao apartamento.