Diretores de escolas públicas de São Caetano, estiveram reunidos na manhã de ontem para tirar dúvidas e receber orientações a respeito de como proceder com possíveis focos do vírus influenza A (H1N1).

A assessora especial da Coordenação de Ação Social da Prefeitura, Regina Maura Zetoni, destacou que o fechamento de escolas ainda está fora de cogitação. Segundo ela, em caso de surto, a possibilidade maior é que apenas as classes afetadas venham a ter as aulas interrompidas.

A diretora da EMI Maria Panariello Leandrini, no bairro Nova Gerti, Rosimar Torreglosa, 50, destacou que foi cobrado dos funcionários e professores a função de esclarecer pais e alunos sobre a infecção. "Teremos um papel de orientadores a respeito de como evitar o avanço da gripe suína."

Pais de alunos da rede pública já se mostraram preocupados sobre a pandemia. Trabalhando desde 1962 na área da Educação, a diretora da Emef Professor Rosalvito Costa, no bairro Olímpico, Ydaty Garcez, 65 anos, não lembra de ter encontrado em outras ocasiões tanta comoção acerca de uma doença.

Nesta semana, Ydaty teve que lidar com um tumulto causado por pais assustados com a gripe suína. "Na escola, tem o caso de um menina que viajou à Argentina nas férias. Ela estava saudável, mas alguns pais ficaram sabendo dessa viagem e fizeram um alarde, um deles até retirou o filho de dentro da sala de aula", conta. " Tive que orientar a mãe da menina para que ela a levasse ao médico, a fim de conseguir um atestado de que não havia contaminação."

Saúde da Família - No mesmo evento de orientação aos funcionários da rede de ensino estiveram presentes também agentes do Programa Saúde da Família em São Caetano.

O agente comunitário do bairro São José, Luciano Azevedo, 32, destacou que muitas famílias demonstraram curiosidade sobre a influenza A. "Eles me perguntam muito sobre a gripe suína, principalmente em relação aos sintomas. Por isso acho importante essas iniciativas de esclarecimento."