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Pequeno Cidadão comemora nove anos
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
12/07/2011 | 07:24
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Há exatos nove anos era fundado, oficialmente, o Núcleo de Apoio ao Pequeno Cidadão, organização não-governamental que atende 70 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, entre 6 e 15 anos, na Vila Vivaldi, em São Bernardo.

O Parabéns pra você, porém, foi entoado no sábado, durante festa de aniversário comemorada em trecho da Rua Tietê, que foi fechada para a comunidade do entorno. Pinturas de rosto, esculturas de bexigas, pescaria, pula-pula e piscina de bolinhas fizeram parte da diversão.

No palco, apresentações das crianças e dos adolescentes assistidos pela ONG, que encerraram o primeiro semestre e, desde ontem, estão em férias. Entre os quatro programas sociais desenvolvidos no espaço, que funciona em sede própria, destaque para o pioneiro projeto Crescer Preservando a Vida.

O programa atende em jornada complementar, ou seja, os assistidos permanecem na instituição em horário contrário ao da escola. As ações são desenvolvidas por meio de oficinas de artes visuais, informática, música (hip hop), esportes (skate, futebol e basquete), tempo de brincar, produção de informativo e de rádio.

O carioca João Gabriel Anselmo Nascimento da Silva, 11 anos, morador no bairro Ferrazópolis, é um dos 70 integrantes. Extremamente simpático, o torcedor do Flamengo e fã do atacante Ronaldinho Gaúcho faz parte da turma da tarde. "Gosto de tudo que envolva reciclagem", contou.

Aliás, o Pequeno Cidadão tem como bandeira as ações voltadas ao meio ambiente. Em 2009, a instituição foi uma das quatros finalistas da 8ª edição do Prêmio Itaú-Unicef, etapa de São Paulo, com o projeto Preservando a Vida. A verba de R$ 10.000 foi o suficiente, na época, para finalizar o segundo e último andar do prédio, segundo Valquiria Leite Gonçalves Moraes, 50 anos, fundadora e coordenadora do núcleo.

Em junho, a criançada atuou como jornalistas na produção dos textos para o Pequeno Repórter, jornal elaborado por cinco alunos do terceiro semestre de Jornalismo da Universidade Metodista. A tiragem foi de 1.000 exemplares. Detalhe: em papel reciclado, naturalmente. 

SOPÃO
E por falar na psicóloga Valquiria, foi com ela que a história de lutas e conquistas da ONG começou. Lá em 1999, quando abria a garagem de seu consultório no Rudge Ramos para atender dez crianças. E para atrair as famílias de núcleo habitacional conhecido como Rato Molhado, distribuía sopa às sextas-feiras. Inicialmente, eram 80 pessoas - muitas ainda levavam para casa em garrafas plásticas cortadas na metade.

De dez crianças e adolescentes, o número saltou como em um passe de mágica para 20, 30... "Era muito rápido. Loucura, mas foi um tempo muito bom", recorda-se. De lá, foram quatro anos de aluguel em um imóvel para o trabalho voluntário. Hoje, sede própria. A coordenadora pedagógica Sara Ferreira das Neves e Silva, 42, ressaltou a importância dos parceiros para o sucesso.




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