A licitação para a construção do Piscinão Jaboticabal, que havia sido prevista pelo governo do Estado para ser lançada em fevereiro, está interrompida por tempo indeterminado.
Responsável pela obra, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) informou ontem que a publicação do edital está paralisada porque ainda não há fonte de recursos definida para financiar o projeto.
Com capacidade para reter cerca de 900 mil metros cúbicos de água, o reservatório será instalado na tríplice fronteira entre São Bernardo, São Caetano e a Capital.
A expectativa é de que as obras deverão custar cerca de R$ 80 milhões. Parte da verba havia sido disponibilizada em 20 de dezembro, mas foi retirada.
Antes disso, um edital para a construção do piscinão foi publicado pelo governo do Estado em abril, porém, a peça terminou removida porque necessitava de mais ajustes, segundo o Daee.
A expectativa sobre o início dos trabalhos no reservatório, que irá provocar a desapropriação de duas empresas, se arrasta desde 2008, quando as bases do projeto foram anunciadas.
O plano é construir o equipamento em duas etapas, mas que deverão ser contempladas por única licitação.
O Jaboticabal é tido pelas autoridades como o maior instrumento para conter enchentes no Grande ABC e em parte da Capital, o que beneficiará cerca de meio milhão de pessoas.
Para se ter ideia da grandeza do equipamento, a capacidade de retenção do piscinão é suficiente para abastecer 360 piscinas olímpicas.
O reservatório será construído em área historicamente afetada por enchentes, como a Avenida Guido Aliberti, em São Caetano, e o Km 13 da Via Anchieta, em São Bernardo.
O piscinão receberá diretamente a água que corre pelo Ribeirão dos Couros, além dos córregos Orotário e Jaboticabal, que o batiza.
MAIS CORTES
Por conta da revisão de contratos, o Palácio dos Bandeirantes já interrompeu neste ano a obra nas alças de acesso em Mauá do Trecho Sul do Rodoanel.
O contingenciamento de verbas do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) também atingiu a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que serve o Grande ABC.
Dos R$ 230 milhões previstos para a modernização do sistema, que liga o bairro da Luz, na Capital, a Rio Grande da Serra, R$ 46 milhões foram retirados.
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