O corpo de um dos reféns alemães seqüestrados na quarta-feira no Afeganistão foi encontrado neste domingo.  "Encontramos o corpo de um alemão", disse o chefe da polícia da província de Wardak (centro), Mohammad Hewas Mazlum.

Segundo o chanceler alemão Frank-Walter Steinmeier, a morte foi conseqüência  das “condições de detenção impostas pelos seqüestradores", mas não foi um assassinato. O Ministério afegão do Exterior, por sua vez, disse que o alemão teve um ataque cardíaco.

Os dois reféns alemães, que a imprensa da Alemanha identificou como sendo os engenheiros Rüdiger D. e Rudolf B., foram seqüestrados na última quarta-feira com cinco colegas afegãos em uma estrada a cerca de 100 km de Cabul (capital), na província de Warduk.

Ontem, os talibãs afirmaram ter matado os dois alemães. No entanto, Afeganistão e Alemanha acreditam que um deles ainda esteja vivo, e declararam que estão tentando resgatá-lo.

O porta-voz dos talibãs, Yusuf Ahmadi, voltou a dizer neste domingo que os dois alemães, assim como os cinco afegãos, foram assassinados no sábado, já que suas demandas não foram atendidas. O assassinato do segundo alemão, no entanto, ainda não pôde ser confirmado.

Ultimato - Forças afegãs e internacionais cercaram a área onde supostamente estaria o grupo de sul-coreanos evangélicos seqüestrados na última quinta-feira. Entre os reféns estão 18 mulheres, informou o Ministério da Defesa afegão.

Os talibãs, que ameaçam matar 23 sul-coreanos, prolongaram por 24 horas seu ultimato, cuja expiração estava prevista para este domingo às 11h30.

As autoridades têm até a segunda-feira para cumprir as exigências dos talibãs, informou por telefone um porta-voz dos rebeldes, Yusuf Ahmadi.
 
Uma equipe de crise sul-coreana, coordenada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Cho Jung-Pyo, chegou neste domingo à capital Cabul.

Os talibãs também exigem que Alemanha e Coréia do Sul retirem suas forças militares do Afeganistão, onde estão cerca de três mil soldados alemães sob comando da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e 200 sul-coreanos, que integram o efetivo da coalizão americana.
 
O porta-voz do Ministério afegão da Defesa, general Mohamad Zahir Azimi, afirmou que as forças afegãs e internacionais lançaram uma operação conjunta para libertar os reféns sul-coreanos. No entanto, nem o comando da coalizão liderada pelos EUA nem as forças da OTAN confirmaram a informação.

"Cercamos a área onde acreditamos que estejam os reféns. Ainda não houve enfrentamentos. Avançaremos após realizarmos uma consulta com a delegação sul-coreana.", declarou o porta-voz.

"Estamos fazendo contato com o grupo armado através de diferentes canais", disse à imprensa o porta-voz do Ministério do Exterior sul-coreano, Cho Hee-Yong.

A Coréia do Sul anunciou que, apesar do incidente, deve retirar suas tropas do front afegão no final do ano, seguindo o calendário previsto.