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Mauá tem três homicídios em três horas
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
28/10/2008 | 07:17
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Em apenas três horas, Mauá foi palco de três assassinatos, todos cometidos com armas de fogo. As vítimas engrossam as estatísticas da cidade, que, só em outubro, registrou 14 homicídios. Somente no primeiro e segundo trimestres deste ano, os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, mostram que foram 30 casos, 15 em cada trimestre.

O primeiro crime aconteceu por volta das 22h de anteontem, no Jardim Itapeva. O corpo de Reginaldo Monteiro de Lima, 46 anos, foi encontrado com vários tiros na cabeça na Rua Joaquim Fiorellini. A mulher da vítima, a dona-de-casa M.G.L.M., 43, disse aos policiais que Lima não tinha inimigos nem era usuário de drogas.

O outro homicídio ocorreu no cruzamento entre as ruas Espírito Santo e Janete Aleito Rito, no Jardim Cruzeiro, por volta das 23h30. Os amigos Edson Campos da Silva, 25, e F.C., 29, foram encontrados baleados dentro de um Siena prata com vários disparos de pistola 9 mm. Silva morreu no local e F.C. foi socorrido no Hospital Doutor Radamés Nardini e não corre risco de morte. A polícia buscou informações com algumas pessoas que estavam próximas ao local do crime, mas ninguém soube informar quem teria cometido o assassinato.

O terceiro caso aconteceu no Jardim Capuava, divisa de Mauá com Santo André. Por volta da 1h, policiais militares avistaram um Escort vermelho abandonado na Avenida dos Estados, com o corpo de um homem desconhecido dentro. A vítima tinha as mãos amarradas para trás e um tiro na cabeça, o que evidencia a execução. As costas e os braços estavam arranhados, como se o corpo tivesse sido arrastado, colocado no carro e abandonado no local.

O delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos, responsável também por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, acredita que a seqüência de assassinatos na cidade possa ser uma guerra declarada. "Só não posso afirmar quem seriam os grupos", diz.

Há quinze dias, quando Mauá registrou uma chacina, o delegado seccional solicitou ajuda do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) para investigar os casos. O órgão conta com uma equipe especializada em chacinas.

"Tenho certeza de que os crimes estão relacionados a execução, pois as características são sempre as mesmas: tiros na cabeça. O que está acontecendo em Mauá não é normal, por isso busco solucionar todos os casos o mais rápido possível. Preciso dar respostas à população", diz.

A polícia ainda não havia localizado os assassinos até ontem à noite e também não tinha pistas sobre o paradeiro dos criminosos. Todos os casos serão investigados pela Delegacia de Homicídios.




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