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Crise hídrica, poços artesianos, risco

A humanidade enfrenta grave crise de escassez de água por alterações climáticas

Do Diário do Grande ABC
09/04/2015 | 08:32
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Artigo

A humanidade enfrenta grave crise de escassez de água por alterações climáticas. Estimativas apontam que, por volta de 2025, cerca de 2,7 bilhões de pessoas enfrentarão de maneira significativa a falta d’água.

Embora vivamos em planeta cuja superfície é ocupada por cerca de dois terços de água, apenas pequena parte dela pode ser utilizada para consumo (2,7% de água doce).

A escassez de água vem sendo muito discutida no Brasil, onde a população tem sofrido com insegurança hídrica há um ano, tendo a preocupação intensificada nos últimos meses.

A preocupação com a crise hídrica nos principais mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo gerou demanda pela criação de poços artesianos em terrenos particulares.

Normalmente, a água subterrânea é menos contaminada do que o líquido localizado na superfície, pois se encontra protegido dos componentes que acabam sendo retidos nos solos e cobertura rochosa. No entanto, o solo tem recebido grande quantidade de resíduos, tendo a sua capacidade de retenção alterada, contaminando também as águas subterrâneas.

As principais fontes potenciais de contaminação das águas subterrâneas são os lixões, acidentes ou manuseios inadequados com substâncias tóxicas e/ou pesticidas, resíduos, atividades minerárias que expõem o aquífero, fossas e tanques sépticos, vazamento das redes coletoras de esgoto ou poluentes que são lançados diretamente no aquífero sem passar pelas camadas de solo.

Algumas das doenças adquiridas por conta do consumo de água contaminada são gastroenterite, febre tifoide, hepatite, entre outras. Os principais sintomas são náuseas, febre e diarreia, podendo evoluir para desidratação em casos de maior gravidade.

Formações rochosas também podem ser fontes de contaminação da água, pois podem liberar agentes contaminantes naturais, tais como arsênio, flúor, nitratos ou sulfatos. A exposição crônica ao arsênio por ingestão de água está relacionada com aumento do risco para câncer de pele, pulmão, bexiga e rins.

A população considera água potável aquela que se apresenta na forma cristalina e inodora, porém isso não é sinônimo de qualidade. Para a garantia de água potável, faz-se necessária a análise físico-química e microbiológica. A água proveniente de poços artesianos, semiartesianos, minas ou bicas deve ser consumida com cuidado, mesmo com aparência cristalina e inodora.

Débora Cristina Ramos de Marco é coordenadora dos cursos de Farmácia e Biomedicina da UMC Universidade.

Palavra do leitor

Quem comanda?
Peço ao prefeito de Mauá, Donisete Braga, para que dê uma passada na Avenida Portugal, na cidade, para ver o que seus subordinados vêm fazendo com o pessoal da terceira idade, que usa o local para caminhadas. Eles simplesmente fecharam a via, mandando o pessoal para as ruas laterais competir com os carros. Isso para os idosos é muito ruim. Já faz muito tempo que o pessoal do trânsito de Mauá dificulta a vida dos idosos. Alguns até perguntam se é o Ricardo Berzoini quem comanda o trânsito em Mauá, já que esse ex-ministro ficou notável por prejudicar os idosos aposentados. Prefeito, ou o senhor resolve esse problema ou arruma outro local para o pessoal caminhar.
Mario Garcia
Mauá

Sabesp
Uma noite acordei com a água saindo pelo ladrão da caixa-d’água! Para minha surpresa, a pressão do ar que vem pelo cano estourou a boia da caixa pela segunda vez. Levei ao conhecimento dos responsáveis, mas de nada adiantou. Se não pago pelo ar que respiro, por que pagar pelo ar que vem pela tubulação? Sabesp e AES Eletropaulo estão se tornando calamidade pública. Já não chega esse bando de corruptos que há no governo para massacrar a população, ainda temos os prestadores de serviço que não prestam para nada! Já imaginaram a nossa imagem no Exterior como anda? Isto envergonha as pessoas honestas!
Isael Ribas
São Bernardo

Resposta
A respeito da carta do leitor Vlamir Belfante (Artigo, dia 25), o Semasa esclarece que realizou vistoria no local informado e verificou que trata-se de via pública sem saída. No fim da rua, há bloqueio do escoamento das águas por conta de edificações que fazem frente para a Rua Sorocaba. Por conta disso, há acúmulo de águas superficiais. O Semasa acompanha o caso por meio de processo administrativo, cujo expediente encontra-se junto à Prefeitura. Além disso, no local há escada hidráulica (canaleta) na qual o Semasa realiza limpeza. No entanto, durante a vistoria a equipe da autarquia verificou que serão necessários pequenos reparos no equipamento, que foram programados para serem realizados até dia 15.
Semasa

Geoprocessamento
Muito ilustrativo e interessante o Artigo ‘Gestão hídrica e geoprocessamento’ (Opinião, dia 4), assinado por Marcello Giuseppe Deliza. Abordagem focada na redução de perdas pareceu-me vir ao encontro do que se noticia: volume de água potável da Sabesp que fica pelo caminho, por exemplo, é elevado, chegando à média superior a 30%. O que surpreende é o fato de a tecnologia de geoprocessamento aplicada às soluções hídricas ser pouco mencionada nas discussões do tema. Será que as empresas concessionárias dos serviços de saneamento básico incorporam essa ferramenta na gestão dos serviços de água? Afinal, perder água tratada é jogar dinheiro pelo ralo e agravar a crise hídrica.
Gabriel Emidio Silva
Capital

Comportamento
Vivo em um mundo onde as pessoas escolhem as outras não pela sua inteligência ou capacidade de trabalho, mas pelo seu mau-caratismo, seu egoísmo, sua arrogância e futilidade. Fato este presente em todas as classes sociais e em todas as áreas do relacionamento humano, tais como trabalho, ciclo social, relacionamento amoroso, amizades etc. É a lei de mercado entre pessoas. Se o ser humano não abandonar seus maus valores estará fadado à autodestruição.
Daniel de Melo Costa
Brasília (DF) 




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