A transferência dos partos das munícipes de São Bernardo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, para o Hospital Serraria, em Diadema, deixará disponível cerca de 100 vagas para que o Estado atenda pacientes que aguardam cirurgias eletivas.

Com a desocupação de 25 leitos que antes eram destinados às gestantes, a realização dos procedimentos por mês deve passar de 800 para 900.

Na maioria das vezes, as filas de espera chegam a deixar o paciente no aguardo por até quatro anos. Porém, as administrações municipais informam que muitos casos são solucionados em três meses.

Na região, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema juntas contabilizam 2.647 pessoas que esperam na fila por uma cirurgia eletiva via SUS (Sistema Único de Saúde), sendo que parte delas pode ser realizada nos hospitais municipais e outra nas unidades do Estado.

Entre os procedimentos que lideram as demandas estão cirurgias de catarata, retinopatia diabética, hérnia, varizes e próstata. Projeto de lei que tramita na Câmara Federal aponta como meta a espera máxima de 30 dias.

TRANSFERÊNCIA
Para o secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, a transferência dos partos de um hospital para o outro não causará nenhum transtorno, pois ambos (Mário Covas e Serraria) apresentam condições adequadas para receber as parturientes.

São Bernardo era o município que fazia a maior transferência de partos do Grande ABC para o Hospital Mário Covas. Em junho, a Central de Regulação da cidade encaminhou 124 partos para o Mário Covas e 58 para o Serraria. "Vejo a mudança de maneira positiva. Ajudará com que o Mário Covas sane carências, principalmente nas áreas de neurocirurgia, urologia, traumaortopedia, vascular e pediatria. Será bom para todos os municípios do Grande ABC", frisou o secretário de São Bernardo.