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Mauá: reunião deve definir detalhes de reintegração
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
26/02/2009 | 07:00
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Fernando Nonato/DGABC


As autoridades de Mauá se reunirão hoje para discutir a ação de reintegração de posse do terreno ocupado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) no Jardim Paranavaí. Integrantes da Secretaria de Habitação, do Conselho Tutelar e da Polícia Militar participam do encontro.

Integrantes do MTST pretendem acompanhar a reunião, mesmo tendo o pedido negado anteriormente por representantes do município. Pelo menos dois líderes do movimento na cidade devem comparecer ao Paço na tentativa de serem recebidos pelas autoridades.

Uma semana depois do quebra-quebra que provocou a prisão de 72 membros do MTST (pelo menos nove continuam detidos no CDP de Mauá), a cúpula do movimento ainda insiste na abertura de diálogo com a Prefeitura sobre os problemas habitacionais do município. "Tudo o que queremos é uma reunião com o prefeito Oswaldo Dias (PT)", explica Jota Batista, coordenador estadual do MTST.

A falta de negociação entre sem-tetos e Prefeitura pode provocar até mesmo novas manifestações, como a ocorrida na semana passada. "É importante que a Prefeitura tenha a consciência de que continuaremos cobrando uma solução. Haverá protestos enquanto um plano não for apresentado", diz Batista.

Na iminência de ocorrer o processo de reintegração de posse do terreno no Jardim Paranavaí, o MTST endurece o discurso e faz ameaças contra a administração municipal. "Caso ocorra o despejo da área ocupada, montaremos o nosso acampamento em frente ao Paço. Não deixaremos a situação ficar por assim mesmo", afirma o coordenador estadual.

O MTST invadiu o terreno do Jardim Paranavaí no início de novembro. Sem intervenção alguma da administração Leonel Damo (PV), o movimento teve a possibilidade de erguer barracos mais bem estruturados que de costume. Paredes de madeira e até mesmo instalação elétrica irregular chegaram ao interior das habitações, em área próxima a um conjunto de 400 unidades da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano), quase totalmente desocupadas. Cerca de 70 famílias vivem no local.

Em julho, o MTST já havia sido alvo de outra reintegração em Mauá. Integrantes do movimento foram expulsos de terreno no Jardim Olinda.




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