Setecidades Titulo Crise hídrica
Estado terá plano de contingência contra seca
Daniel Macário
Especial para o Diário
14/02/2015 | 07:00
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O Estado de São Paulo, sobretudo a Região Metropolitana, terá plano de contingência para enfrentar o período de seca. O anúncio foi feito ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), após a primeira reunião do Comitê da Crise Hídrica, que reuniu aproximadamente 50 autoridades, entre secretários estaduais, prefeitos e representantes de outros segmentos, realizada na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, na Capital.

Ao lado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, Alckmin disse que a medida será colocada em prática somente no pior cenário. “O plano de contingência é para o caso de rodízio. Dessa forma, teremos tudo mapeado. Entretanto, é importante ressaltar que todos os esforços estão sendo feitos para superar o período seco e evitar que precise ser colocada em prática essa ação.”

Reivindicação dos prefeitos das cidades que são abastecidas pelos sistemas Cantareira e Alto Tietê, os mais afetados pela falta de chuva, o plano de contingência será elaborado por uma comissão executiva formada por representantes do Estado e das prefeituras das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas. O principal objetivo é estabelecer medidas que deverão ser tomadas para impedir cortes ao abastecimento de escolas e hospitais, além de verificar que ações as prefeituras podem impor durante o período, tais como reduzir o consumo de água.

Segundo Haddad, o plano deve ser entregue no máximo em 30 dias. “A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ainda vai se reunir, mas o plano não é algo que deve demorar para ser elaborado.”

Benedito Braga afirmou que durante o período de elaboração da proposta, o Estado não corre risco de cortes no fornecimento do recurso hídrico. “Durante as próximas três semanas, não teremos rodízio.”

De acordo com o governador, o plano foi pensado para agir em situação 20% pior que a enfrentada em 2014, quando se iniciou a pior crise hídrica da história do Estado. O cálculo feito por especialistas aponta como situação mais crítica uma afluência – entrada de água no reservatório do Cantareira – abaixo de 8 m³/s. No ano passado, o menor número registrado nas represas que compõem o manancial foi de 10 m³/s. “Hoje, nossa demanda é de aproximadamente 14 m³/s. O que faltaria de água – 6 m³/s – será providenciada por obras emergenciais que devem ser concluídas até agosto”, afirmou Alckmin.

As obras emergenciais citadas pelo governador são as do Rio Guaió e dos reservatórios Guarapiranga e Rio Grande (este último na região), que devem ter aumento no volume de captação.

Secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo, João Ricardo Guimarães foi o representante do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC no Comitê de Crise Hídrica. Além dele, ainda estiveram presentes representantes de outros quatro consórcios do Estado e o secretário chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, além de integrantes de universidades públicas. 




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