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CPTM começa a troca de dormentes podres
Elaine Granconato
Da Redaçao
27/08/2000 | 20:38
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A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) iniciou a troca de dormentes podres de madeira entre as estaçoes de Guapituba, em Mauá, a Ribeirao Pires, vias 1 e 2, que compreendem o trecho do Grande ABC. Na regiao, os piores trechos sao entre as estaçoes de Rio Grande da Serra e Guapituba, onde podem ser localizados o maior número de "cautelas" (obrigatoriedade para o maquinista reduzir a velocidade, sob o risco de provocar um descarrilamento).

Em matéria publicada pelo Diário em abril deste ano, a reportagem constatou que os trens da CPTM, que conduzem milhares de pessoas diariamente, trafegavam sobre dormentes podres, trilhos gastos, parafusos e placas de fixaçao enferrujados. A CPTM, na época, reconheceu o problema de suas seis linhas estarem com "materiais metálicos comprometidos", e prometeu investir cerca de R$ 70 milhoes na manutençao.

Alguns funcionários, que preferem nao se identificar, confirmaram domingo que a troca vem ocorrendo - a estimativa é que sejam substituídos nove mil dormentes até o fim de setembro -, mas o Diário nao conseguiu encontrar algum representante da CPTM para falar sobre o assunto. Contudo, na ocasiao da matéria, a empresa disse que a normalizaçao completa do sistema só acontecerá em 2001.

A troca dos dormentes entre Guapituba e Ribeirao Pires vem ocorrendo principalmente aos sábados e domingos, quando a demanda de trens é menor. De segunda a sexta-feira, a CPTM evita que o trabalho seja feito nos chamados horários de pico: das 5h às 8h, e das 17h às 19h. A média de troca é de 300 dormentes/dia. As empresas que efetuam o trabalho de troca sao terceirizadas, e escolhidas por processo de licitaçao.

Um dormente de madeira tem vida útil de três a sete anos. Já o de concreto, ideal para linhas retas e utilizado na estaçao da Barra Funda, dura cerca de 50 anos. No Grande ABC, devido ao terreno mais acidentado e com linhas em curvas, principalmente no trecho de Ribeirao, o de madeira é a mais apropriado.

As estaçoes entre Sao Caetano e Tamanduateí - já em Sao Paulo - também estao passando por manutençao nos trilhos gastos, parafusos e placas de fixaçao enferrujados.

Mato - Além da troca de dormentes em Ribeirao Pires e Guapituba, a CPTM está promovendo nesse trecho a substituiçao dos trilhos, parafusos e placas de apoio, informa um ferroviário. Os empregados da Frente de Trabalho do Governo do Estado vêm realizando a limpeza de galerias pluviais, entulhos e capina dos matos. A capina com produtos químicos, que chega a ficar até seis meses sem o crescimento da vegetaçao, é descartada em Mauá, Ribeirao Pires e Rio Grande da Serra, cidades centradas em áreas de mananciais.




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