Setecidades Titulo Mauá
Moradores improvisam para garantir água
Nelson Donato
Especial para o Diário
05/02/2015 | 07:07
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Moradores da Vila Vitória, em Mauá, estão indignados com a falta de água, que, segundo eles, já dura cerca de dez dias. Por habitarem em região mais alta, a pressão é insuficiente para que o recurso hídrico chegue até as caixas-d’água.

De acordo com a dona de casa Claudinéia Gianatazio, 41 anos, que reside na Rua Benedito Rodrigues Alves, a falta de água já atrapalha os moradores da rua há mais de dois meses. “Desde o fim de novembro estamos tendo esse problema. Chegamos a ficar até três dias sem lavar louça e tomamos banho de chuveiro raramente. Além disso, é muito difícil higienizar a casa”, reclama. A moradora afirmou ter entrado em contato com a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) algumas vezes, mas não obtém soluções eficazes. “Eles (funcionários da Sama) dizem que os níveis dos reservatórios estão baixos e, por isso, a água não chega com força suficiente até as nossas casas.”

Alguns vizinhos recorrem a métodos nada convencionais para encher suas caixas-d’água, como é o caso do aposentado José Carlos Soldera, 64. Ele revela usar baldes para pegar o recurso hídrico dos cavaletes onde estão localizados os registros e levar por meio de cordas até a caixa. Outra alternativa encontrada pelo morador foi comprar equipamento capaz de levar a água. “Tive a ideia de bombear até a caixa para não precisar mais dos baldes.”</p>

O também aposentado Marcos José da Silva, 47, mora na Rua Carlos Tamagnini, no mesmo bairro. Indignado, ele ressalta ter gasto por volta de R$ 400 para adquirir equipamento capaz de bombear o líquido até o reservatório. “Já fiquei quase 15 dias sem abastecimento e, como a caixa fica no terraço da minha casa, comprei bomba e mangueira para encher a minha caixa e a do inquilino. Não há mais condições de continuar assim”, opina.

Procuradas pela reportagem, a Sama e a Prefeitura de Mauá não se pronunciaram sobre o problema.




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