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Prefeitos voltam a discutir estrada
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
03/08/2011 | 07:15
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Até sexta-feira, os prefeitos de Santo André, Aidan Ravin (PTB), e de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), pretendem se reunir para tratar da Estrada do Montanhão, que liga os dois municípios e tem determinação da Justiça para ser fechada.

Aidan e Marinho discutiram o assunto anteontem, durante reunião mensal do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

Há pouco mais de 90 dias, os dois prefeitos estiveram na vicinal para debater uma saída para o bloqueio, que pode isolar as populações que dependem da via. De lá para cá, contudo, o acordo pouco evoluiu.

O processo que pede o fechamento tramita desde a década de 1990. A expectativa era de que as duas administrações apresentassem até o fim de julho um plano para evitar a extinção do acesso.

O traçado tem aproximadamente cinco quilômetros entre o Jardim Silvina, em São Bernardo, e o Parque do Pedroso, em Santo André, passando por área de preservação ambiental.

O impacto causado à natureza é o que motivou o Ministério Público a pedir a interdição da Estrada do Montanhão, que além disso acumula lixo e tem superfície irregular.

As duas prefeituras já negociam há anos uma forma de conter os prejuízos ambientais sem que, para isso, a via tenha de ser fechada. Os moradores da região também protestam.

Segundo o promotor de Meio Ambiente de Santo André, José Luiz Saikali, "foram tentadas algumas tratativas, mas insatisfatórias para resolver o problema."

Entraves

A Prefeitura de São Bernardo argumenta que o bloqueio vai deixar sem saída mais de 200 famílias que moram no bairro Baraldi e que já fechou, entre 2005 e 2006, os acessos clandestinos da estrada.

A construção de outra via, ainda de acordo com a administração de São Bernardo, seria mais prejudicial ao meio ambiente e causaria devastação quatro vezes maior do que a permanência da Estrada do Montanhão, aberta há cinco décadas.

A pé ou de carro, é pela vicinal que a população do bairro se descola. Uma linha de ônibus municipal, que transporta cerca de 350 passageiros por dia, trafega pelo corredor.

Além de prejudicar os moradores, o fechamento da via irá dificultar o acesso dos frequentadores ao Santuário Nacional de Umbanda, às margens da estrada. Erguido há 42 anos, o espaço ocupa área de 645 mil metros quadrados.




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