A tradicional feira de artesanato de quarta-feira no Paço de Santo André, ocorreu pela última vez ontem. A decisão é uma exigência do Termo de Ajustamento de Conduta para proteger o calçadão do local. O documento foi assinado pelo Ministério Público, Câmara Municipal e Prefeitura.
O diretor do Departamento de Cultura, Marco Moretto Neto, explica que o Ministério Público denunciou que trânsito de veículos e a feira estariam causando danos ao mosaico português que compõe o calçadão. O fim da feira de artesanato no local é um dos ajustes necessários. Além disso, o estacionamento e circulação de carros foram proibidos na área no começo deste ano.
"É possível organizar os artesãos em outras feiras", diz Moretto. O diretor ainda afirma que a situação poderá se reverter caso um novo projeto - que se ajuste às orientações de proteção do Paço - seja feito e aprovado.
Os artesãos ficaram insatisfeitos com a notícia. "Vamos esperar a nova administração para conversar e ver o que vai acontecer", diz Silvio Corrêa Pinto, que trabalha em feiras de artesanato do município desde 1978.
PATRIMÔNIO
O complexo que compõe o Paço de Santo André foi projetado pelo arquiteto Rino Levi, com paisagismo criado pelo artista plástico Roberto Burle Marx. O local foi inaugurado em 1969 e tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo) e pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Santo André).
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