A Prefeitura de Diadema não tem previsão de quanto tempo levará para limpar a área da favela Naval que foi incendiada terça-feira. O local lembra cenário de guerra, por conta do aspecto de devastação. É possível ver crianças brincando no terreno atingido pelo fogo, o esqueleto dos barracos queimados e a tristeza dos desabrigados, que ontem continuavam procurando documentos entre as madeiras queimadas.

Na tarde ontem, funcionários da Secretaria de Habitação de Diadema estiveram na favela para dar continuidade ao processo de limpeza da área atingida, com a derrubada do que sobrou dos barracos.

Outra ação da municipalidade foi alertar os desabrigados e agora hospedados em casas de vizinhos que eles precisam procurar residências para alugar, utilizando os R$ 350 oferecidos pela Prefeitura como compensação pela tragédia.

Segundo o arquiteto Shedd Pegaz, da Secretaria de Habitação, apenas na próxima semana os trabalhos de limpeza e demolição devem ser intensificados. A intenção é derrubar as casas de alvenaria atualmente ocupadas por alguns desabrigados. "Os aluguéis na cidade dispararam após o incêndio. Temos noção que não está fácil encontrar casa para alugar, mas as pessoas precisam ir atrás de moradia, porque vamos dar continuidade na construção das demais unidades do núcleo habitacional", afirmou.