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Arquitetura é valorizada por alunos
Bruno Martins
Especial para o Diário
19/08/2011 | 07:30
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A arquitetura está em alta. Pelo menos na EE João Paulo II, no Jardim Campo Verde, em Mauá. A unidade participou, ontem, do Desafio de Redação. No concurso literário promovido pelo Diário, os alunos que cursam até o 2º ano do Ensino Médio devem escrever sobre as Profissões do Futuro.

A estudante do 9º ano Vitória Eugênio, 14 anos, quer seguir a carreira. "Eu gosto de matemática e de desenho. Nessas matérias me dou bem", afirma. Ela diz que tomou a decisão no ano passado. "É uma profissão antiga e que está sendo valorizada agora, ainda mais com a Copa."

Na opinião da estudante, o evento esportivo vai aumentar a demanda por esse tipo de profissional. "(O País) vai precisar de mais (arquitetos) para construir os estádios e hotéis para hospedar as pessoas", analisa.

Outra aluna do 9º ano, Monaliza Isidoro Pinheiro, 14, está em dúvida entre arquitetura e engenharia civil. "São as profissões que estão em alta", justifica. "A gente precisa conciliar o que gosta com o que é rentável."

Mas enquanto não toma a decisão final, ela pretende continuar os estudos. "Ainda estou em dúvida. Vou fazer um curso técnico em edificações e depois decido."

Mesmo um pouco mais jovem que suas colegas de escola, o estudante do 7º ano Pedro Enrico, 11, também já tomou sua decisão. "Quero ser arquiteto, principalmente porque gosto de decorar e planejar. Me identifiquei com essa profissão", disse.

Assim como Vitória, ele também não esquece do principal evento futebolístico do planeta. "Ultimamente a população anda crescendo muito. E com a Copa, temos que construir e planejar. A profissão fica em alta."

Até a coordenadora do Ensino Fundamental da escola, Cristiane Santana Carmelo, ficou surpresa com tantos alunos apaixonados por arquitetura. O diretor, Manoel da Paz Silva, no entanto, tem uma explicação. "A geometria com conteúdo significativo desperta a atenção dos alunos", afirma.

Para ele, a oportunidade de participar do concurso incentiva o gosto pela leitura, que é o grande desafio da Educação hoje. "Como costuma dizer o Ziraldo, ‘ler é mais importante que estudar'."

 

Pré-sal é oportunidade para engenheiros de petróleo e gás 

A engenharia de petróleo e gás é graduação nova, mas cresce a cada dia, principalmente após o início da exploração do pré-sal. Os cursos de graduação e especialização preparam os profissionais para atuar no desenvolvimento de campos de prospecção, exploração e expansão de jazidas, transporte, refinamento, industrialização e processamento de gás natural.

O salário inicial gira em torno de R$ 3.500, mas quem trabalha nas plataformas recebe acréscimo de 30% de adicional de periculosidade.

Maurício Birck, 36 anos, fez engenharia civil com o objetivo de trabalhar com pavimentação. Porém, um concurso da Petrobras direcionou sua carreira para a área do petróleo. Birck é responsável pela execução do primeiro projeto que extraiu o óleo do pré-sal no País, ainda em 2009, na Bacia de Tupi, em Santos. "Os desafios são grandes porque o petróleo está abaixo do solo do oceano, o que faz com que constantemente a forma de extração seja aprimorada." Para o engenheiro, é boa oportunidade para quem quer estar na área.

Apesar de ser uma grande empresa e treinar seus próprios profissionais, a Petrobras não é o único campo de atuação deste engenheiro. Trabalhar na indústria petroquímica é também uma opção, caso da engenheira química especializada em petróleo Débora Brito dos Santos, 35.

Para a profissional, conhecer toda a cadeia do óleo, da extração ao produto final, é importante para quem atua na área. "Foi por isso que busquei a especialização."

Há ainda a possibilidade de atuar com gás natural, caso do engenheiro civil Jorge Venâncio, 57. Venâncio, aliás, gosta mesmo de estudar: além da engenharia, tem formação nas áreas de administração, segurança e fez mestrado em energia. Atualmente, cursa o doutorado na área de medição avançada. "Minha área requer conhecimento de diversas engenharias, como a mecânica, eletrônica e a própria civil. É interessante procurar especializações em petróleo e gás, mas a melhor escola é o dia a dia de trabalho", recomendou. (Camila Galvez)




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