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Google vigia usuários mais ativos
Do The New York Times
13/10/2003 | 18:40
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Veja isso como um hodômetro para uma ferramenta de busca. O serviço Google começou, em silêncio, a colocar um contador em sua página principal para um número pequeno de seus mais freqüentes usuários. A maior parte dos internautas que acessam o Google não o têm, mas alguns agora possuem um contador que a cada busca aponta: “Você fez 479 buscas”, ou qualquer que seja o número real.

Para os curiosos, uma página explicativa ligada ao contador revela que isso é um teste, ou uma experiência limitada de uma nova função de contagem de busca. O contador é colocado no HD dos computadores por meio de um cookie, um arquivo que o site instala no PC sem a permissão do destinatário ou notificação e que transmite informações de volta.

O que está acontecendo, afinal? Representantes do Google – que processa cerca de 200 milhões de pedidos de busca por dia sem nenhum custo para os usuários – disseram que o contador havia sido colocado no disco rígido de menos de 1% de seus usuários, mas a companhia não especificou como os internautas foram escolhidos ou exatamente quando começou o teste.

“É uma de nossas experiências”, afirmou Marissa Mayer, diretora de produtos ao consumidor do Google. “Nós estamos brincando com isso para entender quais seriam os seus efeitos”. O contador foi inspirado nos programas de passageiros freqüentes de companhias aéreas, de acordo com Mayer.

“Nós ouvimos pessoas dizerem que acham que usam o Google 50 vezes por dia”, afirmou. A intenção não é encorajar a busca só para aumentar os números dos contadores, mas para ilustrar a freqüência com que os usuários de fato se voltam ao mecanismo de busca. Marissa afirmou que a companhia não divulgou a experiência do contador para evitar inclinar a forma como o público que navega a rede o usaria.

Alguns especialistas em privacidade levantaram preocupações sobre o potencial de coletar essas informações, especialmente de uma companhia de buscas tão popular quanto o Google. “O usuário sabe que está sendo espiado pelo Google?”, disse Marc Rotenberg, diretor executivo do Centro de Privacidade de Informações Eletrônicas em Washington. “Sob o ponto de vista da privacidade, a questão que você faria é: Como eles exploram isso?.”

Enquanto simplesmente registrar informações por diversão pode ser inofensivo, Rotenberg disse que ficaria preocupado se uma empresa ligasse esse software a outros dados que poderiam identificar especificamente um usuário. “É muito importante ser transparente sobre como estão sendo usados esses dados”, disse.




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