Um equipamento que auxilia portadores de distrofia muscular a realizar movimentos com maior facilidade promete melhorias na qualidade de vida e na auto-estima dos pacientes. Composto por sensores, o projeto permite que o usuário do produto possa caminhar, acomodar-se com maior facilidade, diminuindo o surgimento de feridas causadas pela falta de circulação sanguínea.

Batizado de PODI (Projeto de Órtese Dinâmica), o trabalho é uma das atrações da XXI ExpoMecPlena (Exposição dos Projetos de Formatura do curso de Engenharia Mecânica) do Centro Universitário da FEI, que acontece nesta quarta-feira, a partir das 19h, no ginásio de Esportes do campus SBC (avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972, bairro Assunção).

O aparelho consiste em uma órtese (aparelho que auxilia membros deficientes), direcionada para portadores de distrofia nos membros inferiores. Equipado de atuadores e sensores, é o próprio PODI que realiza o esforço para o paciente, suprindo a sua incapacidade muscular. Os benefícios vão desde a diminuição de dores na coluna do usuário até a prevenção de inflamações como bursite.

O produto é novidade no Brasil. A idéia dos alunos em elaborar o projeto surgiu após muita pesquisa. "Descobrimos que existem apenas protótipos desse tipo, em países como Japão e Estados Unidos, mas nada é voltado para portadores da distrofia muscular", explica Fábio Henrique Rossi, um dos oito componentes do grupo que elaborou o PODI. Cada equipamento tem o custo estimado em R$ 22 mil. A exibição do projeto será no próprio dia 12, por meio de vídeos e fotos.