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Região ganha presente de coronel
Lola Nicolás
Do Diário do Grande ABC
17/09/2010 | 07:32
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O coronel José Luís Martins Navarro completa um ano de comando da Polícia Militar do Grande ABC. Ele já acumula várias conquistas, mas quem ganha o presente maior é a região, com o ingresso da Rocam Integrada, unidade de policiamento com apoio de motocicletas, que vem reforçar o patrulhamento preventivo das sete cidades. São dez motos em ronda permanente, colocando a PM em condições de vencer o tráfego pesado regional e tornar-se mais eficiente na perseguição a criminosos.

Há um ano, o oficial da PM José Luís Martins Navarro tornou-se o ‘coronel ABC'. Adjetivo carinhoso para ele, que foi promovido coronel num dia e na sequência assumiu o comando da Polícia Militar do Grande ABC.

Sob seu comando estão 3.600 homens que entenderam a nova mensagem da corporação, passando a estar mais junto à comunidade. Prova disso é que os seis batalhões que compõem o CPAM-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano 6) estão entre os dez melhores ranqueados da região metropolitana de São Paulo no quesito ‘Pronto-Atendimento ao Disque Denúncia'.

"A tropa é fantástica e muito produtiva. A mensagem do coronel Camilo (Álvaro Batista Camilo, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo) é a pronta-resposta à sociedade, sempre que solicitada a presença da equipe para atendimento de qualquer ocorrência. Mesmo que seja trote, nos deslocamos para verificar. É isso que a população pede e fica satisfeita, tranquila, quando prontamente atendida", comenta Navarro.

O Copom (Centro de Operações da PM) do Grande ABC recebe em média 1.500 solicitações por dia. E marca presença em todas, seja para verificar a presença de um foragido da Justiça, uma boca de tráfico, um roubo em andamento, uma desinteligência entre vizinhos ou familiares. "Esse é o nosso papel", defende o comandante.

MENINA DOS OLHOS
O desafio maior do CPAM-6 é reduzir os índices de criminalidade, principalmente roubo de carros. Segundo estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado, a cada hora dois veículos são levados por bandidos na região. Por isso, o custo do seguro de carro é bem mais alto aqui no Grande ABC do que em outras localidades de São Paulo. "Estamos bem sintonizados com a Guarda Civil e a Polícia Civil, em trabalhos conjuntos para reduzir esses índices", diz o coronel.

A tropa na rua é constante. O combate à criminalidade, ininterrupto. O atendimento às demandas dos moradores, permanente. A garantia é do coronel, que não disfarça entusiasmo com sua ‘menina dos olhos': a Força Tarefa, operações periodicamente realizadas no Grande ABC, que objetiva coibir a violência urbana.

Segundo ele, foram 16 ações em um ano, onde a tropa se reúne em um ponto estratégico da região, conforme as estatísticas de delitos. Com isso, assegura o oficial, os índices de delitos vêm caindo na região. "O roubo de carro ainda é nosso maior entrave, mas com essas operações e, agora com a integração da Rocam, o resultado já tem sido exitoso."

O MAIS EMOCIONANTE
Com 1.500 solicitações diárias, com patrulhamento intenso nas ruas do Grande ABC, o ‘coronel ABC' tem na memória e responde de bate-pronto qual foi a ocorrência que mais o emocionou nestes 12 meses de comando. "Foi o resgate de uma professora, envolvida em acidente num dia chuvoso e cujo carro caiu no Rio Tamanduateí. Nossos homens foram os primeiros a chegar e, apesar da forte correnteza, entraram na água e, arriscando a própria vida, tiraram a mulher do veículo. Desfalecida, fizeram os primeiros socorros ali mesmo, no capô do carro semi-submerso. Tão logo ela foi içada, o carro acabou sendo levado pela água. Infelizmente, ela morreu no hospital."

Os quatro policiais do 10º Batalhão (cabo Ricardo Lopes e soldados Almir Oliveira, Edson Silva e Paulo Paes) foram homenageados por suas atuações no resgate da professora Neusa de Paula Marques, ocorrido no dia 23 de março. Os familiares da vítima fizeram questão de agradecer o esforço de cada policial na tentativa de salvar a vida da mulher.

Esse tipo de homenagem à tropa é característica marcante do comandante Navarro, que difere sobremaneira da figura dos antigos coronéis da PM, cuja corporação tinha respeito por medo. Hoje, tem respeito por admiração. Na sala do comando, a porta raramente está fechada e é comum encontrar de soldado a tenente-coronel em contagiante bate-papo sobre trabalho ou qualquer outro assunto. Em uma das paredes do gabinete, mural de fotos de policiais homenageados por sua dedicação ao lema ‘servir bem, servir sempre'. "Faço questão desse contato, seja aqui (na sala) ou na rua. O comandante tem de estar perto de sua tropa, aberto a ouvir seus homens e sua comunidade", ressalta o oficial, que não disfarça o orgulho de um ano de, segundo diz, resultados satisfatórios.

E não é só o comandante José Luís Navarro que está satisfeito com seus 3.600 homens. No dia 15, um dia após completar um ano de comando, ele foi surpreendido por parte da tropa do Grande ABC com uma festa surpresa, com direito a discurso, bolo e vela. Emocionado, o oficial reverteu o jogo e, em vez de falar de si, ofereceu à festa a seus comandados. "Sem vocês, não teria o que comemorar. Hoje, sou parado na rua e cumprimentado pelo serviço que a PM está prestando à região", finalizou o ‘coronel ABC'.




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