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Ribeirão recebe obras de compensação
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
10/10/2009 | 07:00
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Sérgio Alberti/Especial para o Diário


O governo do Estado vai pavimentar três ruas no bairro Ouro Fino, em Ribeirão Pires, como compensação ambiental às obras do trecho Sul do Rodoanel. São oito quilômetros de extensão e um investimento aproximado de R$ 13,6 milhões que inclui além do asfalto, a construção de guias, sarjetas e drenagem das vias. Também serão plantadas 95 mil mudas de árvores. O anúncio foi feito ontem pelo governador José Serra (PSDB) que assinou a autorização para que a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) iniciasse as obras. A previsão é que elas sejam concluídas em dez meses.

Cerca de 2,5 quilômetros do trecho Sul do Rodoanel estão em Ribeirão Pires. Pelas ruas que serão asfaltadas como compensação, Eduardo Valeriano Nardelli, Estrada do Soma e Avenida Vereador Aroldo A. Neves, circulam pelo menos metade dos moradores do Ouro Fino, segundo o prefeito Clóvis Volpi (PV). No bairro, estão 22 mil dos 116 mil habitantes de Ribeirão Pires e as vias também são muito utilizadas pelos ônibus.

"Realizamos mais um sonho das pessoas que vivem em Ouro Fino, seria impossível fazer a obra com recurso da Prefeitura (o orçamento previsto para 2010 é de R$ 125 milhões)", afirmou o prefeito.

Ao autorizar as obras, José Serra disse que salda uma dívida com Ribeirão Pires. "Há obras complementares em todos os municípios por onde o Rodoanel passa. Não preciso dizer do benefício que essa obra vai trazer para a cidade, para a região do ABC e para o Brasil porque vai facilitar o acesso aos portos."

O governador lembrou que o Rodoanel já consumiu R$ 4,8 bilhões, incluindo desapropriações e gastos ambientais, e 75% do valor foi bancado pelo Estado, e o restante veio do governo federal. "É a obra que tem mais contrapartida ambiental do Brasil: são R$ 500 milhões."

 

Lama e pó - Moradores do bairro Ouro Fino encaram o início das obras de pavimentação com alívio. "Moro aqui (na rua Eduardo Valeriano Nardelli) há mais de 20 anos. Quando chove só vemos lama e barro, mas quando esquenta o problema é o pó. Minha irmã tem problema para caminhar e com o asfalto espero que nossa vida melhore", contou a aposentada Tereza Battara, 74 anos.

A advogada Marcia Cristina de Magalhães Pires Neves, 48, também comemorou o anúncio das obras. "Esperamos isso há mais de 17 anos. As estradas de terra têm muitos buracos e além do desgaste do carro, há o problema de segurança."

Iniciado em junho de 2007, o Rodoanel Sul terá 61,4 quilômetros de extensão - sendo 57 quilômetros no eixo do Rodoanel e 4,4 quilômetros na interligação de acesso a Mauá. A previsão do governo é entregar o trecho até março de 2010.




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