A SSP (Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo) aponta que o efetivo oficial de policiais civis e militares na região é de 6.084 - incluindo polícia técnica. A avaliação do governo é de que o número estaria dentro das necessidades da população.

Mesmo assim, o Estado de São Paulo deve receber mais 4.500 policiais por meio de concursos. Outras 864 vagas para escrivões e 1.449 para investigadores foram liberadas. As estratégias de policiamento seriam definidas por critérios técnicos que levariam em conta não somente a quantidade de habitantes do Grande ABC.

O crescimento da segurança privada é vista pela secretaria como um fenômeno natural dos países em desenvolvimento, com ocupação de espaços "semipúblicos", como shoppings e condomínios fechados.

Já em países desenvolvidos, o número de trabalhadores empregados na segurança privada seria até o triplo do efetivo de segurança pública, sinal de acúmulo de bens da população.

A apresentação dos números oficiais - indisponíveis a qualquer cidadão até a semana passada, "por questões de segurança" - foi a forma encontrada pelo governo para questionar falhas que permitiriam o crescimento da vigilância clandestina nas ruas do Grande ABC.

No domingo passado, o Diário apontou que bairros da região são loteados por vigias, que chegam a faturar até R$ 20 mil por mês. Os pontos seriam negociados pelos "donos da rua" por até R$ 200 mil. A SSP afirma que a Polícia Civil não tem responsabilidade pela fiscalização, informação questionada pela Polícia Federal.