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Máfia das CNHs tem novo elo no ABC
Luciano Cavenagui
Da Sucursal de Diadema
19/07/2008 | 07:11
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A Corregedoria da Polícia Civil procurou nesta sexta oito acusados de participação na máfia das CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação), entre elas uma pessoa de Santo André que não foi detida. Em um endereço não revelado de São Caetano, os agentes da corregedoria realizaram uma ação de busca e apreensão, mas também sem resultado efetivo.

A ação foi cumprida na Região Metropolitana e no Interior e contou com apoio do MP (Ministério Público).

As identidades e os endereços das pessoas procuradas não foram reveladas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. O Estado informou apenas que os 12 locais vistoriados são casas de médicos e psicólogos.

A secretaria também não deu mais detalhes sobre a ligação do Grande ABC com o esquema de falsificação de CNHs. As outras cidades visitadas para cumprir as ordens judiciais foram a Capital, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Itapevi, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Arujá e Ituverava.

Os policiais presos ontem são o investigador do 33º DP (Pirituba), Élcio Kinjo de Aquino, e o escrivão do 2º DP de Mogi das Cruzes, Claudinei Valdemar Galo.

O escrivão Galo era o encarregado pela emissão de CNHs na Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ferraz. Já o investigador trabalhava na Corregedoria do Detran na época em que o órgão foi acionado para apurar denúncias de irregularidades em Ferraz. Suspeita-se que a corregedoria recebeu R$ 30 mil para não desmontar o esquema de fraudes de CNHs.

Anteontem, a Justiça criminal de Ferraz de Vasconcelos decretou a prisão temporária dos envolvidos, fruto de investigação deflagrada em junho pela Operação Carta Branca do MP.

Na ocasião, 18 pessoas foram presas, entre elas Ademar Quadros Fernandes, dono de duas auto-escolas em Diadema e a psicóloga Vanessa Santos Silva, moradora de Santo André. As duas auto-escolas permanecem fechadas. Os 18 detidos foram soltos na última terça-feira por decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre o material apreendido ontem, em uma auto-escola em Ferraz, foram encontrados 30 prontuários que deveriam estar no Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Os documentos estavam escondidos dentro de um banheiro. Os promotores também recolheram contas de telefone em que estão registradas diversas ligações para Minas Gerais, um dos sete Estados abastecidos com carteiras fraudadas pela máfia.




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