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Ecovias estuda mais áreas de escape
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
07/10/2011 | 07:30
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A fim de evitar novos acidentes envolvendo caminhões, a Ecovias estuda criar mais áreas de escape ao longo da Via Anchieta. Apesar da intenção, ainda não há definição de novos locais, bem como prazo para construção. De acordo com a empresa, é necessário escolher locais adequados e com viabilidade técnica.

A rodovia tem apenas uma área, no Km 42, próximo ao local onde dez veículos se envolveram em engavetamento na quarta-feira. Segundo a empresa, a caixa para retenção é composta por argila expandida, material que desacelera os veículos em caso de emergência. O equipamento foi instalado em 2001 e, de acordo com a Ecovias, 511 caminhões já utilizaram a área desde então.

A implementação de mais recuos é cobrada por trabalhadores que utilizam a via com frequência. "Hoje (ontem), eu me encontrei com o governador (Geraldo Alckmin) e esta foi uma solicitação que fiz a ele. A Ecovias tem a obrigação de criar mais áreas de escape. Caso ela não tenha competência para isso, que devolva a concessão do sistema para o governo", exige o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Bens do Estado de São Paulo, Norival de Almeida Silva.

Além das caixas de retenção, Silva cobra também que sejam criados mais espaços para o estacionamento de caminhões ao longo da via. "Isso seria importante para prevenir problemas. Se o caminhoneiro perceber que algo está errado, já para lá e espera o socorro."

O engenheiro de tráfego Horácio Figueira também é favorável à criação de mais áreas de escape. No entanto, o especialista defende que a concessionária faça investimentos maciços em campanhas educativas para que os motoristas respeitem a distância do veículo à frente. "A caixa é boa, mas sozinha não vai reduzir o risco de engarrafamento, inclusive com veículos de passeio".

 

Motorista demora até três horas e meia para vir do Litoral 

A pista Norte da Anchieta, no Km 28, ficou fechada anteontem e ontem, das 9h às 16h, para colocação de vigas na parte da via que está sendo ampliada. Nesse período, os motoristas que vinham no sentido Capital tinham apenas uma das duas faixas da pista Sul como alternativa, o que causou congestionamento, principalmente entre o Km 29 e Km 32. Co m isso, a viagem até o Grande ABC demorou até três horas e meia.

A interdição foi feita para colocação das vigas da nova faixa na ponte, que está sendo alargada, de acordo com Marco Antônio Veloso, tecnólogo da G2O, empresa responsável pela obra. "Não haverá mais interdição total da pista, mas no período de 20 dias teremos que interditar uma das faixas da pista Norte para unir a nova faixa às demais", explica.

A obra está prevista para ser concluída em dezembro e, segundo Veloso, ajudará a diminuir os engarrafamentos naquele trecho. "Aqui é um ponto crítico. Os veículos que vêm do Litoral ficam estrangulados quando acaba a terceira faixa da via aqui na ponte." (Natalia Fernandjes)




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