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Diadema: samba, folclore e história
Renata Gonçalez
Do Diário do Grande ABC
24/01/2005 | 14:55
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Cultura, história e a culinária abundante de Minas Gerais vão marcar presença no Carnaval de Diadema na voz de 560 componentes da escola de samba Estopim da Fiel. Trata-se de uma homenagem ao Estado de origem do presidente da agremiação, Marco Antônio Ciriano, nascido em João Monlevade, cidade localizada no Triângulo Mineiro. A entrada da escola na avenida Ulysses Guimarães está prevista para as 2h30 do domingo de Carnaval.

Com o tema Minas Gerais, a Estopim Garimpa a sua História, o samba enredo narra as riquezas naturais da terra de Tiradentes, que no passado abastecia o mercado de ouro e pedras preciosas. A letra ressalta ainda o sabor típico mineiro, representado pelo pão-de-queijo.

Mas nem tudo é festa no repertório da Estopim. O sofrimento vivido pelos escravos que ajudaram a construir cidades históricas mineiras e as invasões sofridas ao longo dos séculos estão incluídos no tema que a escola vai levar neste ano para a passarela do samba.

"Resolvemos dar um tempo no futebol, apesar da origem corintiana da Estopim. Vamos garimpar a cultura e a riqueza de Minas, levar história para a avenida", explica o presidente Marco Antônio.

A tradição alvinegra será lembrada no brasão do time no pavilhão da escola, carregada pelo abre-alas. "As alegorias da Estopim estão bem coloridas neste ano, não se restringindo ao preto e branco do Corinthians. Só o verde é exceção", brinca o presidente, em referência à cor que simboliza o arquirival Palmeiras. Vice-campeã no ano passado, a Estopim da Fiel completou 26 anos no último dia 5. Começou como torcida organizada do "timão" e desde 1998 deu início às atividades como escola de samba.

Para 2005, a Estopim quer surpreender o público e a comissão julgadora do desfile. A maior novidade é a participação do puxador Rinaldo Amaral, primeiro intérprete da Vai Vai, escola do grupo especial do Carnaval paulistano.

Amazônia – O folclore amazônico será contado aos foliões de Diadema pela escola Tradição Centro-Sul, que disputa o título com a Estopim da Fiel. O tema foi escolhido pelo carnavalesco Fábio Luiz da Cruz, 24 anos. "Vamos fugir um pouco das questões de meio ambiente, já que quando se fala em Amazônia, apenas a fauna e a flora são lembradas. Agora, é a vez das lendas." Uma das alas contará a história de Iara Mãe D’Água, versão da sereia no folclore brasileiro baseada no peixe-boi.

Com 250 componentes e oito anos desde a fundação, a Tradição Centro-Sul quer empolgar o público com efeitos especiais nos carros alegóricos, que vão compor o samba enredo Amazônia na terra do Ouro, cidade perdida de Eldorado.




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