O ex- soldado da Polícia Militar Jairo Ramos dos Santos, 40 anos, confessou, na noite da última sexta-feira, ser o assassino de três policiais de Santo André, mortos entre março do ano passado e terça-feira, segundo a Polícia Civil. Todos trabalhavam ou haviam atuado no SIG (Serviço de Investigações Gerais) da cidade. Ramiro Diniz Junior (chefe dos invetigadores) foi executado com tiros de fuzil na Vila Curuçá, em agosto; José Carlos dos Santos assassinado em março do ano passado; e Douglas Noaldo Yamashita, 29, morto na terça-feria em frente ao Clube Atlético Aramaçan. Santos ainda teria afirmado que outras mortes já estariam encomendadas.

O depoimento aconteceu na presença de promotores de Justiça no CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André, para onde ele foi trazido no início da tarde de ontem. O ex-soldado narrou friamente detalhes das execuções. Afirmou que era contratado para matar e recebia cerca de R$ 20 mil após cada homicídio. No dia da execução de Yamashita - morto com tiros de pistola - ele estaria ainda com um fuzil no carro - mesma arma usada nos outros dois assassinatos.

Máfia - Santos disse que tinha como motorista um homem identificado como Carlinhos, que era a ponte entre ele e o mandante das execuções. Na morte de Ramiro teria recebido mais que o combinado. Os encontros eram em um açougue na Zona Leste da Capital para combinar detalhes dos homicídios. Santos recebia um celular que era descartado depois da execução.

Segundo o delegado do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro Região), Marcos Carneiro, "Ele (Santos) levantava a rotina da vítima e a executava." Santos também disse que os carros usados nos crimes eram vendidos após o crime por Carlinhos, que comercializava veículos.

Prisão - O policial militar Paulo Cesar Reich - que teria levado Santos ao hospital - está preso preventivamente no presídio da corporação.