Artigo

Não podemos criar truques de persuasão publicitária nem demagogia irresponsável. O Brasil tem pressa e clama por mudanças. O País é forte e vem sendo agredido duplamente, de um lado pela crescente degradação da infraestrutura e a volta da inflação, como também pela sangria e a corrupção em nossas instituições. Precisamos de choque do capitalismo, de choque da livre iniciativa, sujeito a risco e não apenas a prêmios. As eleições deram seu recado, fundamentando sua indignação no pleito nacional. Não há discussão ideológica, apesar de que muitos preferem este caminho para desviar o atual estágio.

Não se fala mais nas profecias de Stalin, Lenin, Fidel e Jesus Cristo, apesar de que esse último recebe de alguns malandros a oportunidade das urnas. Elegeram no País 513 deputados federais e 81 senadores. Lembrando Chico Buarque de Hollanda, ‘e Agora, José?’ O que faremos do Banco do Brasil sem o Pizzolato sem suas conhecidas mutretas e a fuga para a Itália. E o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), servirá para o desenvolvimento e fomento da indústria e comércio? Ou atenderá interesses inescrupulosos de acertos entre vinhos e uísques na madrugada do Rio de Janeiro? A Caixa Econômica Federal continuará com o exitoso programa Minha Casa, Minha Vida?

A parceria entre o público e o privado irá consolidar-se ou só atenderá interesses privados? As relações com os Estados se darão de forma republicana ou ficarão apenas as razões da promiscuidade partidária? As reformas política e tributária – e tantas outras – que mereceriam por parte do Congresso Nacional atenção especial terão sua vez? O aparelhamento do Estado terá basta?

Que me desculpem os cargos comissionados e seus 39 ministérios, mas teremos enxugamento? Por fim, o código de conduta da administração pública terá atenção especial, como lembrou o saudoso senador Mário Covas? As relações internacionais receberão atenção, obedecendo à nossa soberania? Enfim, em quase todas as estrofes, a palavra ‘atenção’ teve atenção especial. Aguardamos as eleições e tenhamos mais atenção. Meu voto é coisa séria.

Não me venha perguntar em quem vou votar, caro leitor e eleitor deste Diário do Grande ABC. Tenha atenção. Ah, ia me esquecendo. Os mensaleiros continuarão chegando e sendo, de certo modo, acobertados pelo STF (Supremo Tribunal Federal)? E a delação premiada ficará substituindo o Ministério Público? E os malandros da Petrobras terão Justiça necessária ou teremos de esperar a justiça divina? Estamos no limite da responsabilidade.

Boa eleição, com atenção.

Vladimir Macriani é executivo de negócios em Santo André.

Palavra do leitor

Sobram políticos...
Lula disse que só critica o Bolsa Família quem não viu os filhos chorando com fome quando não havia o que comer. Marina Silva lembrou que seus pais mentiram para os oito filhos dizendo não terem fome para que eles comessem o pouco que havia. Depois de recente incêndio em favela, em meio às doações recebidas, uma das moradoras disse que o que mais precisavam era de leite, mamadeiras, fraldas e roupas de crianças. Meu Deus! Onde vamos parar? Ainda no início desta democracia, eu insistia no necessário controle da natalidade e na pena de morte para monstros. Também os assassinos covardes e cruéis, ruins por natureza, não estariam nesses anos todos levando o terror, a desgraça e a infelicidade a tantas famílias honestas e úteis à sociedade. Não haveria superlotação nos presídios, revoltas de presos nem tantos policiais e viaturas nas ruas. Tudo isso sim mudaria o Brasil, acabaria com a fome, a violência e nos traria o progresso e a segurança que tanto precisamos, merecemos e não temos, porque sobram políticos, mas falta governo.
Nilson Martins Altran
São Caetano

Lei da Palmada
A Lei da Palmada altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo o direito de estes serem educados e cuidados sem punições físicas, tratamento cruel e degradante. Mas no texto não há nenhuma referência à palmada, da qual foi apelidada a lei. Não existe fórmula para educar filhos, já que cada uma tem personalidade única e cada pai ou mãe tem suas próprias referências no que diz respeito à educação. A Lei da Palmada só existe em razão dos incontáveis excessos cometidos, já que é impossível ditar regras de educação às famílias sob pena de o Estado interferir em crenças e valores pessoais. Mas é dever do Estado, da família e da sociedade em geral proteger crianças e adolescentes de maus-tratos, inclusive quando desferidos pelos próprios pais. É dever de todos denunciar os abusos!
Gecimar Evangelista
Mauá

O tapete
Não posso crer: a presidente candidata, em mais uma entrevista, com o dedo em riste (sempre), diz que a oposição quer dar golpe? Como assim, ‘madama’? A senhora ‘acha’ estarrecedor que no meio da campanha eleitoral façam esse tipo de divulgação? Embora arrote ética, dizendo que os ‘outros’ empurravam a sujeira para debaixo do tapete, parece-nos que é a candidata que não quer que saibamos das maracutaias praticadas pelos companheiros e aliados! Será que o tapete está curto?
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Inexplicável
É de causar perplexidade aos politizados a cegueira do eleitorado do PT. Não enxerga o caos em nossa economia, apoia a maior quadrilha que já existiu, não percebe a falência da Saúde, da Educação, da Segurança. Não percebe que no País não há mais ideologia em defesa da sociedade. Longe disso. A disputa política é o poder antidemocrático, que tudo pode e no qual nada é proibido aos petistas. Esse eleitorado ainda acredita que no PT só tem ‘bondoso’ e que com ele a vida vai melhorar. Não sabe que está num curral alimentado por migalhas. Será que o eleitorado do PT sabe do amor incondicional de Dilma e Lula pelos irmãos comunistas Fidel e Raul Castro? Sabe que Lula e Dilma enviaram, em detrimento dos brasileiros, centenas de milhões de dólares do BNDS, sem retorno, para a construção do porto de Mariel, em Cuba? Por certo, fazem a alegria da família Castro. Há limite para tudo. Dilma Rousseff e Lula esgotaram o limite da paciência dos brasileiros.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Marina vai de Aécio – 1
Da mesma forma que Marina Silva mostrou-se patriótica e superior a questões pessoais e políticas partidárias, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, mostrou sua pequenez e rancor. Parabéns, Marina Silva. Pêsames, Roberto Amaral.
Luiz Nusbaum
Capital

Marina vai de Aécio – 2
Ufa! Finalmente Marina Silva formalizou apoio à candidatura de Aécio Neves à Presidência da República no segundo turno das eleições. Mas o que ficou claro aos eleitores no primeiro turno foi a insegurança dela com suas próprias ideias, e a sua postura de zigue-zague, não sabendo o que quer. Resumindo, ela não é nada confiável, e se fosse eleita presidente teria enorme dificuldade em aprovar até a compra de alimentos para o Planalto.
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

Corrupção
Leitor diário deste Diário, especialmente desta coluna, espaço democrático e livre, onde os leitores se manifestam sobre todos os assuntos. E um deles é recorrente: o da corrupção na Petrobras e outras instituições do governo federal. O que mais me incomoda é o claro posicionamento de alguns missivistas que produzem linhas e mais linhas sobre a corrupção petista como se houvesse essa lamentável atuação somente em governos do PT, onde a Polícia Federal investiga e prende. O combate à corrupção deve ser em todas as instâncias partidárias e governamentais. Este sim é o bom combate. O mau combate e míope é esse empreendido por aqueles que só enxergam um lado da moeda. Isso chama-se revanchismo. Não vejo esses missivistas preocupados com denúncias de que juiz do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, indicado pelo PSDB, mantém conta no Exterior e residência totalmente em desacordo com sua remuneração. Ora, mas isso não tem a menor importância, é apenas um detalhe do PSDB!
Roberto Gomes da Silva
Santo André