Com a intenção de mostrar que o movimento modernista brasileiro envolveu muitas vertentes com demandas artísticas e estéticas diversificadas, a exposição "Modernismos no Brasil" será inaugurada amanhã, no MAC-Ibirapuera, em São Paulo.

Trata-se de montagem que procura desconstruir ou, pelo menos, atenuar visão cristalizada, que concede à arte caráter unitário e heroico, como fenômeno estético e artístico aflorado em São Paulo pela necessidade de situar a produção de Anita Malfatti, desenvolvido quase sem conflitos, até se tornar vontade coletiva, cujo maior evento teria sido a criação do antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Como apoio para a discussão, obras nacionais são apresentadas ao lado de produções estrangeiras - todas elas pertencentes à coleção do MAC. Segundo o curador Tadeu Chiarelli, também diretor do museu, o diálogo com a produção internacional permitirá que o público tenha dimensão da complexidade da arte, que foi produzida no País, entre 1917 e 1948.

Com a intenção de também sugerir outras possibilidades de apreciação, a mostra está organizada em cinco blocos. São eles: "A Arte Como Subjetivação do Real"; "A Arte como Suspensão do Real Aparente"; "Arte Como Fuga do Real Aparente"; "A Arte Como Representação do Real Aparente/Apresentação de Seus Limites"; e "A Arte Como Apresentação de Si/ Rompimento dos Limites Impostos Pela Tradição".

Durante o percurso, o visitante poderá conferir obras de diferentes artistas, a exemplo de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Paul Klee, Pablo Picasso, Giorgio De Chirico, Maria Martins, Giorgio Morandi, Tomie Ohtake, Wassily Kandinsky, Fernand Léger, Victor Brecheret, Antônio Gomide, Henri Matisse, Alfredo Volpi, Alexander Calder, Max Bill, Lygia Clark, Lasar Segall e outros.


Modernismos no Brasil Mostra. Abre amanhã. No MAC-Ibirapuera (Parque do Ibirapuera, portão 3) - Avenida Pedro Alvares Cabral, São Paulo. Tel.: 5573-9932. Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h. Grátis. Até 29/1.