Setecidades Titulo Repasse
Marinho recebe ajuda, mas pede mais

Em evento no Paço, prefeito de S.Bernardo cobra maior
participação do governo estadual em projetos da cidade

André Vieira
Do Diário do Grande ABC
13/09/2011 | 07:30
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Um acordo para repasse de recursos já estava sendo assinado, mas o prefeito Luiz Marinho (PT) aproveitou para pedir mais. Em evento ontem, no Paço, com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o chefe do Executivo de São Bernardo solicitou ao Estado ajuda para corrigir o deficit habitacional da cidade, investir em segurança e equipar o futuro Hospital Municipal de Clínicas.

Antes mesmo de entrar no assunto de Habitação, o tema do encontro, Marinho falou sobre projeto de espalhar pela cidade 400 câmeras de vídeomonitoramento, que está em processo de licitação, e já estendeu a mão.

"Criar melhores condições de Segurança pública é responsabilidade do Estado, mas o município não pode se furtar a isso." O plano, segundo o prefeito, terá verbas de R$ 18 milhões e ainda não há prazo definido para ter início.

Saindo da Segurança, Marinho citou o Hospital Municipal de Clínicas, que está sendo erguido no bairro Alvarenga, com investimento de R$ 125 milhões. A obra deverá ser entregue em março de 2012.

Ao governador, o prefeito pediu ajuda para equipar a unidade - gasto estimado em R$ 40 milhões. Antes de dar o sinal verde para as negociações, para satisfação de Marinho, Alckmin lembrou que o Estado mantém dois hospitais no Grande ABC, em Santo André e Diadema.

Entrando na Habitação, o prefeito dimensionou o problema: um terço das moradias de São Bernardo é precário. Só na área, o investimento é de quase R$ 1 bilhão, sendo R$ 300 milhões da Prefeitura e o restante do governo federal. A participação do Estado, disse Marinho, só começou ontem, com a injeção de R$ 96,8 milhões. 

HABITAÇÃO
O convênio assinado no Paço prevê apoio do Palácio dos Bandeirantes em seis projetos. O investimento vai para planos de regularização fundiária, construção de moradias e reurbanização.

O acordo garante participação do Estado na criação de 4.828 unidades habitacionais e a revitalização de áreas em benefício de 1.763 famílias, em bairros com problemas críticos, e que se arrastam por décadas, como construções em locais de risco, em terrenos invadidos ou em áreas de proteção ambiental.

Os empreendimentos que terão agora verbas do Estado estão em andamento e sendo desenvolvidos pela administração municipal em acordo com o governo federal, pelos programas de Aceleração do Crescimento e Minha Casa, Minha Vida.

O repasse está dividido em duas partes. Os planos Tiradentes e Novo Alvarenga Mananciais terão R$ 57,1 milhões e preveem a construção de 2.960 moradias.

Os projetos de Urbanização Integrada do Parque São Bernardo, Conjunto Habitacional Jardim Naval/Silvina, Vila Esperança e Jardim Lavínia receberão outros R$ 39,6 milhões e garantirão 1.868 novas habitações.

Apesar das assinaturas de Alckmin e Marinho, da prometida cooperação e dos apertos de mão, São Bernardo ainda tem deficit habitacional de 38 mil unidades - quase oito vezes maior do que número de famílias que serão beneficiadas pelos convênios firmados ontem.

"Fizemos planejamentos em curto, médio e longo prazos, mas serão necessários mais compartilhamento com os governos federal e estadual, porque sozinha a Prefeitura vai levar muito tempo", disse Marinho sobre a meta de correção.

O governador falou em seguida e admitiu o desafio. Sobre o apoio na criação das 4.828 moradias, Alckmin comparou: "Se imaginarmos cinco pessoas por família, estamos falando de uma cidade com mais de 20 mil habitantes."




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